Segundo Miguel Ribeiro, cerca de 75% dos credores que se reuniram hoje no Tribunal da Comarca de Montemor-o-Velho deram luz verde à continuidade da atividade da 'briosa', que ocupa o primeiro lugar da Série B da Liga 3 de futebol.
"A Académica vai continuar a sua atividade, apesar da litigância de alguns credores que pretendem liquidar o clube", congratulou-se o dirigente, que apresentou o plano de recuperação em junho, à semelhança do que já tinha acontecido com a Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ).
O presidente do clube adiantou ainda que a Segurança Social não votou por pretender responder por escrito, "embora o valor em dívida não tenha grande expressão".
O plano da Académica OAF, cuja dívida é de cerca de sete milhões de euros, estabelece um período de 12,5 anos para a sua recuperação.
"A aprovação do plano de recuperação vai de encontro às nossas pretensões de revitalizar o clube, que estava altamente deficitário quando tomámos posse", salientou Miguel Ribeiro, eleito em junho de 2022.
Em junho deste ano, a direção da 'briosa' anunciou o recurso ao pedido de insolvência e plano de recuperação para "garantir o normal funcionamento da instituição", em virtude dos vários processos judiciais existentes e penhoras ativas, no valor de várias centenas de milhares de euros, referentes a processos que se arrastavam há vários anos.
"A AAC/OAF não tem possibilidade de solver no imediato as obrigações vencidas e vincendas decorrentes desses processos pelo que urge a reestruturação financeira para garantirmos a continuação da vida normal da instituição", acrescentava a nota.
Os 'estudantes' desceram na época 2021/2022 à Liga 3, ao fim de 88 épocas consecutivas entre o primeiro e segundo escalões de futebol nacionais.
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