Rafael Leão concedeu, esta segunda-feira, uma extensa entrevista à estação televisiva italiana Sky Sport, na qual recordou os primeiros passos no mundo do futebol, ao serviço do Sporting, um clube no qual viveu bons... e maus momentos.
"Estava bem, treinava com a equipa principal, mas o treinador, Jorge Jesus, não gostava de trabalhar com jovens, e, por isso, pensei que seria difícil vingar. Mas, depois, comecei a treinar bem, e fui chamado para um jogo com o FC Porto", começou por afirmar.
"Comecei no banco, já estava entusiasmado por estar entre os grandes, porque era um jogo importante. A certo ponto, o nosso avançado lesionou-se, e o treinador disse-me para entrar. Não estava preparado, mas, ao mesmo tempo, estava nervoso", prosseguiu.
"Pensei 'É agora ou nunca'. Entrei e perdemos, mas eu marquei um golo, e, daí em diante, comecei a pensar que poderia fazer algo de importante", completou, referindo-se à derrota sofrida no Clássico da 25.ª jornada da I Liga, no Dragão, a 2 de março de 2018, por 2-1.
Na mesma entrevista, o internacional português revelou que foi, precisamente, quando rescindiu unilateralmente contrato com o clube de Alvalade para rumar ao Lille, no verão de 2018, que acabou por passar pelo momento mais conturbado da carreira.
"Uma língua nova, um campeonato diferente... Fui para lá a 'custo zero', havia duas pessoas que falavam português, mas fiquei cinco meses no banco. Foi complicado. Pensei que tinha tomado a decisão errada. Era muito jovem", referiu.
"Não tinha a minha mãe e o meu pai comigo, vivia sozinho, mas isso fez-me crescer. Se tivesse ficado em Portugal, não seria o jogador que sou, agora", rematou o avançado de 24 anos.
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