O Sporting 'tropeçou' na missão de alcançar mais uma final da Taça da Liga, esta terça-feira, acabando por permitir que o Sporting de Braga triunfasse por 1-0, no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria, com um golo solitário do recém-entrado Abel Ruiz, aos 65 minutos.
'Embalados' por oito triunfos consecutivos, os leões protagonizaram um autêntico festival de falhanços, com destaque para três bolas nos ferros. Pedro Gonçalves foi o autor da primeira, ficando perto de um golaço de todo o tamanho, à qual se seguiram duas tentativas ingratas para Nuno Santos. Pelo meio, ainda dentro do primeiro tempo, não faltaram ocasiões dignas de registo para os leões, perante um conjunto minhoto mais remetido ao seu meio-campo.
A reta inicial do segundo tempo não foi diferente do filme dos primeiros 45 minutos. Gyokeres, Nuno Santos e Pedro Gonçalves rubricaram mais falhanços e quem aproveitou foi... o Sporting de Braga.
Como se costuma dizer, 'quem não marca sofre'. Foi exatamente isso que aconteceu no primeiro duelo da 'final four' da prova. Cinco minutos após entrar em campo, Abel Ruiz virou herói e apontou o único golo da partida (65'), sendo que o golo contra a corrente do jogo afetou (e de que maneira) os leões, dado que o conjunto de Artur Jorge ainda ficou perto do segundo motivo de festejo.
Contrariamente a anos anteriores, Rúben Amorim ficou impossibilitado de repetir nova final na Taça da Liga, tratando-se de um marco inédito na sua carreira, numa sequência que iniciou, curiosamente, ao serviço do Sporting de Braga - clube que aguarda, assim, pelo vencedor do duelo entre Benfica e Estoril, esta quarta-feira, para a final que se disputa este sábado.
Vamos então às notas da partida:
Figura
Abel Ruiz acaba por ser, incontornavelmente, a figura do encontro. Cinco minutos após ter entrado em campo, o avançado espanhol 'sacudiu' a 'crise' de golos que transportava há mais de três meses e, na primeira aproximação de perigo da sua equipa à baliza de Franco Israel, foi totalmente eficaz (65') naquele que viria a ser o lance-capital da partida. Na verdade, nem precisou de ter mais ações de relevo junto da grande área adversária para merecer total destaque no que ao resultado diz respeito.
Surpresa
Francisco Trincão não surpreendeu ao surgir no onze, até porque Rúben Amorim já tinha garantido a sua titularidade, mas voltou a causar sensação nas dinâmicas ofensivas da sua equipa, precisamente frente ao ex-clube. É certo que o avançado de 24 anos não foi o autor de nenhuma das três bolas nos ferros - a primeira pertenceu a Pedro Gonçalves e as outras duas a Nuno Santos -, mas também soube como criar perigo, relevando ser um 'quebra-cabeças' para a defesa contrária.
Desilusão
Pizzi já rubricou grandes exibições pelo Sporting de Braga, mas esta terá sido, provavelmente, uma das menos inspiradas. Curiosamente, foi o primeiro jogador a ser 'prescindido' por Artur Jorge, em cima da hora de jogo, dando lugar ao decisivo Abel Ruiz, sendo que, no período em que o ex-Benfica esteve em campo, ficaram 'à tona' as debilidades dos bracarenses em defender e em atacar. Tanto assim foi que só após a sua saída é que o Sporting de Braga começou a criar oportunidades dignas de registo.
Treinadores
Artur Jorge viu a sua equipa praticamente abdicar do jogo ofensivo na primeira parte e ainda no início da segunda, tendo ficado grande parte da partida atrás da linha da bola, mas não poderia ter sido mais oportuno na hora de mexer na equipa. Em cima da hora de jogo, o técnico dos bracarenses lançou Abel Ruiz para o lugar de Pizzi e teve o desfecho que desejou em apenas cinco minutos, acabando depois por controlar o resto da partida com a vantagem mínima alcançada contra a corrente do jogo.
Rúben Amorim deu a conhecer uma pequena parcela do onze um dia antes do encontro e, mesmo assim, o Sporting foi dono e senhor do encontro em Leiria, pelo menos até ao golo do Sporting de Braga. Os leões não consentiram oportunidades ao seu adversário, conhecido pelo seu ímpeto goleador com uma forte fluidez ofensiva, mas acabaram por sentir o peso do remate certeiro de Abel Ruiz. As alterações foram praticamente imediatas, mas não alteraram o rumo dos acontecimentos.
Árbitro
Nuno Almeida não teve uma noite propriamente fácil em Leiria, mas é certo que não precisou de consultar imagens por indicação do videoárbitro, tendo, ainda assim, recebido queixas dos dois lados. O juiz de 48 anos ficou cercado de jogadores do Braga por ter impedido a marcação de um livre, para lá dos descontos concedidos no primeiro tempo, tendo ainda esperado por recomendações do VAR em lances de potencial grande penalidade para as duas equipas, mas nem por isso deixou de rubricar uma exibição segura.
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