O presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, declarou que os chefes disciplinares do organismo têm "razão" quanto ao facto de o Manchester City ter violado os regulamentos do Fair-Play Financeiro. Ceferin disse também que compreendia a angústia crescente dos adeptos sobre o tempo que o caso tem demorado.
Numa entrevista ao jornal inglês Telegraph Sport, Ceferin recusou-se a responder se o City - que nega qualquer irregularidade - deveria ser destituído dos títulos se fosse considerado culpado por uma comissão independente.
Mas Ceferin defende a decisão do Organismo de Controlo Financeiro de Clubes, da UEFA, há quatro anos, de condenar o City, apesar do clube ter ganho num recurso ao Tribunal Arbitral do Desporto (CAS). "Sabemos que tínhamos razão. Não decidiríamos se não achássemos que tínhamos razão".
Ceferin sublinhou que respeitava a decisão do CAS, que anulou a proibição europeia de dois anos do City depois de decidir que algumas das provas contra eles foram prescritas e que outras acusações não foram comprovadas, ao mesmo tempo que os multou em 10 milhões de euros por não cooperarem com os investigadores.
Outro problema atual do futebol é a propriedade de clubes - o City Group é um exemplo. Ceferin disse que o "maior entrave" é uma questão de "perceção". "O futebol é assim. Um grande clube inglês pode perder 3-0 com um pequeno clube português, se quiser, porque teve um dia mau. Imaginem que ambos os clubes são do mesmo proprietário?", questiona o dirigente.
"Este é o meu maior problema e não tenho uma solução. Podemos sempre dizer: 'Está bem, podem fazê-lo nestas e nestas e naquelas condições'. Mas o controlo total de dois ou mais é impossível. Esta é, para já, a minha opinião. Não chegámos a uma solução concreta."
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