O antigo jogador do Barcelona, Dani Alves, vai sentar-se no banco dos réus a 5 de fevereiro como arguido, acusado de um alegado crime de agressão sexual pela alegada violação de uma jovem, na noite de 30 de dezembro de 2022, na discoteca Sutton, na cidade condal.
Desde que os factos foram relatados, o internacional brasileiro compareceu perante o juiz que investiga o caso, tendo alterado o seu testemunho sobre o que aconteceu nessa noite em cinco ocasiões. Nos últimos meses, vieram a lume cinco versões diferentes.
Da primeira vez, em janeiro de 2023, através de um vídeo emitido pelo "Y ahora Sonsoles", o futebolista não hesitou em "desmentir tudo" o que tinha sido dito na altura. "Peço imensa desculpa, mas não sei quem é essa senhora. Não sei o nome dela, não a conheço. Nunca a vi na minha vida", disse o brasileiro sobre a alegada vítima
Semanas depois, naquela que foi a sua primeira versão perante o juiz de instrução, Dani Alves explicou ao magistrado que a queixosa tinha entrado na casa de banho quando ele já lá estava. Segundo a sua versão, a jovem "atacou-o", dando a entender que teria sido ela a agredi-lo.
Posteriormente, em fevereiro de 2023, Dani Alves mudou o seu testemunho e alterou completamente o que tinha dito até então. Na sua terceira declaração, tornada pública pela Cadena SER, o futebolista garantiu que "foi simplesmente cúmplice do desejo que ela tinha". No interior da casa de banho do Sutton, a discoteca onde ocorreu a alegada agressão sexual, Alves detalhou que a jovem lhe fez sexo oral, que lhe perguntou duas vezes se tinha gostado e que ela acenou com a cabeça.
Numa nova declaração, a 17 de abril de 2023, perante o juiz de instrução, Dani Alves afirmou ter "mentido" na sua versão anterior. Nesta ocasião, o antigo lateral do Barcelona afirmou que estava "obcecado" em proteger o seu casamento, escondendo a infidelidade da sua mulher, Joana Sanz. Além disso, pela primeira vez, reconheceu que houve penetração.
Finalmente, em janeiro de 2024, a pouco menos de duas semanas do julgamento de Dani Alves, o futebolista alterou a sua versão dos factos ocorridos... outra vez. Em sua defesa, o jogador brasileiro alegará que tinha ingerido álcool nessa noite e que, por isso, não estava 100% consciente dos seus atos. Uma declaração com a qual os advogados de Alves incluem as atenuantes de embriaguez devido ao consumo de álcool, de acordo com o El Periódico. Um fator que deixa a porta aberta a uma pena mínima de prisão e que significaria a saída imediata do futebolista da prisão.
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