Foi uma noite feliz para os sportinguistas. Mesmo com menos um jogo disputado do que os principais rivais, voltaram à liderança do campeonato e até deram o 'exemplo' antes do Clássico, com uma vitória caseira sobre o Farense, por 3-2. Com a goleada histórica do FC Porto sobre o Benfica, no Dragão, os leões voltaram ao 'trono'.
O Sporting entrou forte na partida, com a criação de várias oportunidades de golo. Aos 11 minutos, surgiu o primeiro golo, de um interveniente improvável - Daniel Bragança, jovem médio que envergou a braçadeira de capitão, personificando os valores leoninos. Pegou na bola à entrada da área e atirou uma 'bomba' de pé direito, que bateu na barra, no chão, e entrou.
O Sporting manteve o pé no acelerador, com duas bolas nos ferros em dois minutos. Primeiro foi St. Juste, de cabeça, na sequência de uma bola parada. Pouco depois, um defesa do Farense atirou à barra da própria baliza, num corte arriscado.
Sporting ampliou a vantagem, aos 29', pelo suspeito do costume. Viktor Gyokeres 'picou o ponto' à passagem da meia-hora de jogo, a antecipar-se bem a Zach Muscat após cruzamento de Pedro Gonçalves. Só que o Farense reagiu de imediato e reduziu por intermédio de Mohamed Belloumi, que atirou forte e colocado para o fundo da baliza, sem hipótese para Franco Israel. Grande golo do jovem argelino.
A segunda parte começou mal para os homens de Amorim, com Zé Luís, ex-FC Porto a atirar a trave num primeiro momento, e a marcar instantes depois, através de um canto. Saltou mais que toda a gente e empatou a partida, para incredulidade geral em Alvalade. Valeu de novo Pote que, apenas três minutos depois, reagiu com novo golo, a responder a um cruzamento do Esgaio. Restou controlar o jogo, ver o Clássico "descansadinho" no sofá, e torcer pela vitória do FC Porto, que veio a acontecer 'com estrondo'.
Figura
Foi um jogo em que o coletivo do Sporting sobressaiu acima das individualidades, mas a verdade é que Pedro Gonçalves foi o elemento 'mais' no jogo. O versátil jogador do Sporting participou em dois golos, um como marcador, outro como assistente, e foi essencial nas movimentações dos leões.
Surpresa
Mohamed Belloumi tem 21 anos e um pé esquerdo invejável. Pelo tecnicismo e percurso emergente na I Liga, faz lembrar Rafik Guitane, do Estoril. O argelino, que está há três anos em Faro, assinou um dos golos da temporada na primeira parte da partida, com um grande remate de fora da área. Antes, tinha ameaçado da mesma forma.
Desilusão
Ricardo Velho chegava a este jogo como um dos guarda-redes em melhor forma do campeonato português, tendo sido eleito o segundo melhor guardião do mês de janeiro, apenas atrás de Diogo Costa. A verdade é que não conseguiu fazer defesas importantes durante o jogo e tem algumas culpas no terceiro golo dos leões, na resposta deficiente ao cruzamento de Esgaio para Pedro Gonçalves, à boca da baliza.
Treinadores
Rúben Amorim: Talvez tenha dificultado mais do que o necessário nesta partida, no que toca aos titulares na defesa. Fez descansar Seba Coates e Quaresma e alinhou com Jeremiah St. Juste, Diomande e Reis na defesa, um trio não habitual. Essa pode ser uma razão aparente para a dificuldade do Sporting em segurar a vitória. No entanto, os leões criaram inúmeras chances e garantiram a vitória, pelo que a nota só pode ser positiva.
José Mota: O experiente treinador disse depois do jogo que a sua equipa tinha obrigado o Sporting a jogar como "equipa pequena". Talvez tenha sido uma avaliação exagerada, mas a verdade é que o Farense conseguiu discutir o resultado contra o líder. Acima de tudo, foi uma exibição eficaz o Farense no ataque sendo que, na defesa, alguns erros acabaram por ser fatais.
Árbitro
O árbitro Cláudio Pereira, da AF de Aveiro, teve uma exibição globalmente positiva, num jogo sem lances duvidosos. Apenas mostrou três cartões amarelos, o que demonstra como o jogo foi pouco faltoso.
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