O FC Porto foi eliminado da Liga dos Campeões pelo Arsenal, nas grandes penalidades, nesta terça-feira, em Londres. Os dragões caíram ao fim de mais de 120 minutos, depois de um golo único de Leandro Trossard na primeira parte. Num jogo geralmente cinzento, com poucas oportunidades e risco de parte a parte, a intervenção do guarda-redes do Arsenal, David Raya, nas grandes penalidades, foi decisiva.
Tratava-se do tudo, ou nada. O FC Porto chegava a Londres com um golo na bagagem, trazido da cidade Invicta, mas faltavam pelo menos 90 minutos para atingir os quartos-de-final da competição. No Emirates, estádio com 60 mil espetadores, o ambiente era adverso, mas os Super Dragões deslocaram-se em força, como comprovam estas imagens.
Sérgio Conceição apostou num onze inicial ambicioso, com o filho Francisco na ponta direita e a manter a estrutura habitual. Mikel Arteta também apresentou um onze praticamente na máxima força. Os gunners foram dominantes desde o início, como seria expectável, com Bukayo Saka e Martin Odegaard a criar as primeiras chances de perigo.
A primeira ameaça do FC Porto chegou pelos pés de Evanilson, com um remate ainda distante da baliza. Pouco depois, obrigou David Raya à sua primeira intervenção. Pepe ia mostrando a sua importância lá atrás, mesmo tendo batido mais um recorde de longevidade na Liga dos Campeões. Mas nem Pepe impediu o primeiro golo do Arsenal.
Após um desequilíbrio do meio-campo do FC Porto, o Arsenal basculou a bola do lado direito para o esquerdo. Lá, Martin Odegaard apanhou a defesa portista em contrapé e descobriu Leandro Trossard para o golo. Diogo Costa pouco ou nada podia fazer. O jogo partia assim para o intervalo.
Segunda parte e prolongamento em gestão, infelicidade nos penáltis
A segunda parte começou de forma mais pacata, com o jogo mais encaixado. O primeiro lance de ‘frisson’ aconteceu num golo anulado ao Arsenal, por falta de Kai Havertz sobre Pepe. O veterano defesa-central atrapalhou-se com Diogo Costa e deixou a bola à mercê de Odegaard, que tinha a baliza aberta. No entanto, houve um puxão na jogada. Fica a dúvida de Pepe joga a bola com a mão, antes disso.
Aos 83 minutos, já depois dos treinadores mexerem no jogo, Diogo Costa apareceu com uma grande defesa, rápido a sair aos pés de Gabriel Jesus. Tudo se encaminhava para o prolongamento. O jogo foi mesmo para mais 30 minutos de cometição, onde nenhuma das equipas se sobressaiu. Nota apenas para a saída de Alan Varela de maca, em dificuldades. Entrou Marko Grujic no seu lugar.
Restou a decisão por grandes penalidades. Aí, Wendell e Galeno, os dois convocados recentemente para a seleção brasileira, falharam os penáltis (com defesa de Raya), atirando o Arsenal para os quartos-de-final. Assim, os dragões foram incapazes de 'vingar' a derrota de 2010, repetindo a história - vitória no Dragão, desaire em Londres. Desta vez, com um sabor ainda mais amargo.
Onzes
Arsenal: David Raya; Ben White, William Saliba, Gabriel Magalhães, Jakub Kiwior; Declan Rice, Jorginho, Martin Odegaard; Bukayo Saka, Leandro Trossard e Kai Havertz.
FC Porto: Diogo Costa; João Mário, Pepe, Otávio Ataíde, Wendell; Nico González, Alan Varela, Pepê; Francisco Conceição, Wenderson Galeno e Evanilson.
Antevisão
O FC Porto joga, nesta terça-feira, a segunda mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, diante do Arsenal, em Londres, num jogo decisivo para a época desportiva e financeira dos dragões.
Os homens de Sérgio Conceição têm uma vantagem de 1-0 da primeira mão, jogada no Estádio do Dragão, vantagem essa que pode ser fulcral para este jogo. O FC Porto já não joga em Londres, contra o Arsenal, desde 2010. E, na verdade, esse foi um jogo de má memória. Os gunners venceram por 5-0 a equipa de Jesualdo Ferreira.
Dez anos volvidos, o FC Porto volta à capital britânica com a capacidade para alcançar os quartos-de-final. Acompanhe o jogo em direto, com o Desporto ao Minuto, a partir das 20h.
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