Foi na cabeça de Pepê que esteve a solução para colocar para trás das costas a desilusão na Amoreira. O FC Porto saiu de Guimarães, na noite de quarta-feira, com uma vantagem mínima na meia-final da Taça de Portugal. O resultado deixa os portistas com um pé no Jamor, mas também é perigoso para o duelo da segunda mão no Estádio do Dragão.
Se o brasileiro ficou bem na fotografia com o desvio certeiro para o golo, quem acabou por ficar mal foi Bruno Varela. Para o internacional canarinho sorrir no final do encontro, o português 'meteu' água no lance do minuto 52. Ainda que tenha 'borrado' a pintura neste lance, o capitão dos minhotos teve uma exibição de excelência, que até acabou elogiada por Sérgio Conceição, que manteve os vimaranenses ainda com o sonho do Jamor bem aceso.
Em desvantagem na partida, o Vitória SC apresentou mais argumentos ofensivos do que o FC Porto, que se mostrou algo cansado nesta segunda parte, mas sem conseguir fazer estragos na baliza de Cláudio Ramos.
Dentro de 13 dias, e com uma ida do Vitória SC ao Estádio do Dragão para a 28.ª jornada da I Liga, decide-se quem irá fazer companhia ao Sporting na final da Taça de Portugal. Para já, o FC Porto tem 'engatilhado' o regresso ao Jamor para tentar revalidar o título alcançado na temporada passada Sporting de Braga.
Mas vamos às notas desta partida:
Figura
Pepê foi médio, avançado e lateral na partida em Guimarães e ainda foi a tempo de marcar o golo que deixa o FC Porto mais perto do Jamor. Com uma 'ajuda' imprevista de Bruno Varela, o brasileiro mostrou o caminho rumo à final da Taça.
Surpresa
Nico González foi o outro construtor da vitória do FC Porto em Guimarães. Ainda que não tinha tido muito espaço, o espanhol aproveitou a primeira 'nesga' que encontrou para fazer a diferença. O médio tirou o cruzamento certeiro para o único golo do jogo.
Desilusão
Nélson Oliveira foi o elemento a menos do lado do Vitória SC. Talvez tenha sido prejudicado pela falta de clarividência ofensiva dos minhotos, mas um avançado experiente como é o internacional português podia ter apresentado uma melhor exibição.
Treinadores
Álvaro Pacheco:
Após uma primeira parte em que saíram para o intervalo sem remates enquadrados na baliza de Cláudio Ramos, os minhotos, assim como os dragões, mostraram outra face na segunda parte. O golo de Pepê a abrir a etapa complementar 'estragou' os plano da equipa da casa. Os vimaranenses tiveram mais argumentos ofensivos nos segundos 45 minutos, mas não foram capazes de desfeitear Cláudio Ramos.
Sérgio Conceição:
O golo de Pepê caiu que nem uma luva ao FC Porto. Se, depois de uma primeira parte muito equilibrada, se previa o mesmo equilíbrio para o segundo tempo, a verdade é que o golo do brasileiro surgiu numa altura em que 'matou' quaisquer que fosses os planos do Vitória SC. Até ao apito final de Nuno Almeida, os dragões pouco fizeram para aumentar a vantagem, exceptuando duas tentativas já em tempo de descontos.
Arbitragem
Nuno Almeida começou a partida com o 'pé esquerdo' depois de demorar uma eternidade a interromper o encontro, após o choque de cabeças entre Jorge Sánchez e Ricardo Mangas. Além disso, ficam algumas dúvidas em decisões que tomou ao longo do encontro.
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