André Villas-Boas apresentou, na tarde desta quinta-feira, os três nomes que farão parte da Comissão Executiva da SAD portista caso a sua lista seja a vencedora nas eleições agendadas para o dia 27 deste mês.
O ex-treinador portista indicou José Luís Andrade para liderar as áreas Jurídica e de Relações Internacionais. É membro da liderança executiva da Associação Europeia de Clubes (ECA), , onde chefia o departamento jurídico, e juiz no Tribunal Arbitral do Desporto na Suíça (TAS).
João Borges, com 44 anos, vai chefiar a área de Operações. É economista, tendo ainda passado pela Deloitte, pelo Banco Carregosa e pelo Conselho de Administração do Porto de Aveiro e da Figueira da Foz. Em 2022 tornou-se diretor-geral da Race for Good, associação fundada por Villas-Boas a favor de causas de cariz social e humanitário.
Por fim. Tiago Madureira foi o escolhido para liderar área de Negócios e Expansão Internacional. Passou pelo departamento de Marketing do Sporting de Braga, antes de, em 2014, ter rumado à Liga Portugal, onde chegou a ser Diretor Executivo até ao verão passado.
A estes três nomes junta-se o de José Pedro Pereira da Costa, diretor financeiro, integrando uma comissão executiva da SAD liderada por Villas-Boas.
"Urge planeamento, visão e projeto. Urge uma gestão eficaz, operante, dedicada, trabalhadora e desprendida de todo e qualquer interesse alheio. Uma direção que possa olhar para o futuro de forma holística, traçar caminho para a recuperação do FC Porto", declarou André Villas-Boas, na sede de campanha.
Se Madureira destacou os 37 anos de sócio e a "honra" de poder vir a servir o emblema 'azul e branco', partilhando "totalmente da visão e valores de André Villas-Boas", José Luís Andrade admitiu que não pensava regressar a Portugal.
"Há comboios que só passam uma vez, e esta decisão acabou por ser fácil. O clube está numa situação complicada e precisa de novo rumo", atirou.
De resto, o candidato a presidente destacou o "movimento imparável" que sente liderar, elencando a reestruturação financeira do clube, restauro da "reputação global" dos 'dragões', e a "capacidade de liderar pela visão, inovação, gestão e modelos de governança", como prioridades.
O objetivo, afirmou, é "integrar nas equipas profissionais credíveis, executivos e não executivos, que possam cumprir a estratégia global de crescimento sustentável do clube".
As eleições dos órgãos sociais do FC Porto para o quadriénio 2024-2028 são disputadas por três candidaturas, lideradas por Pinto da Costa (lista A), André Villas-Boas (B), antigo treinador da equipa de futebol, e Nuno Lobo (C), empresário e professor, incluindo ainda uma lista independente ao Conselho Superior comandada por Miguel Brás da Cunha (D).
O ato eleitoral decorrerá em 27 de abril, entre as 09:00 e as 20:00, no Estádio do Dragão, no Porto, numa altura em que Pinto da Costa está a cumprir o 15.º mandato consecutivo, que lhe atribui o estatuto de dirigente com mais títulos e longevidade do futebol mundial.
Leia Também: André Villas-Boas fala de Sérgio Conceição e avisa: "Temos errado muito"