Pinto da Costa participou, esta quinta-feira, numa ação de campanha em Vila Verde e utilizou o momento para deixar novas críticas a André Villas-Boas.
O presidente portista voltou a explicar os motivos da sua recandidatura e apontou o dedo a Joaquim Oliveira, que considerou ser "a pessoa que mais odeia o FC Porto."
"Porque é que me recandidatei? Se sou o presidente mais titulado do mundo, se o FC Porto venceu perto de 2600 títulos nos meus mandatos, sete deles internacionais, porque é que me candidatei? A minha família achava que não o devia fazer. Admiti que podia não o fazer. Mas quando vi, na apresentação de outro candidato, as pessoas que estavam na primeira fila, pensei assim: 'Isto é uma OPA ao FC Porto'. Quando vi na primeira fila a pessoa que mais odeia o FC Porto, o senhor Joaquim Oliveira, com camarote em Alvalade, pensei e vi logo o que estava por trás dessa candidatura", começou por dizer Pinto da Costa, citado pelo jornal O Jogo.
"Não sei se viram um documentário que fizeram sobre a minha vida. Foram ouvidas muitas pessoas, vi tantos elogios que cheguei a pensar que já tinha morrido. Curiosamente, dos maiores elogios foi o candidato Villas-Boas. Fê-lo espontaneamente nesse programa. Depois, na apresentação, disse que eu era o presidente dos presidentes, que merecia todas as mordomias, que ficava na história... A partir do momento em que me candidatei, já não servia de nada, tudo o que fiz foi mal feito. Não fizemos nada, 68 títulos não é nada, deviam ser 200... Tudo é criticado. As pessoas que estiveram sempre comigo são ofendidas, entram nas vidas pessoais com mentiras e a denegrir as pessoas. Vi e pensei que realmente tenho uma obrigação perante o FC Porto", prosseguiu.
"Ao fim de 42 anos pensava que já tinha cumprido a minha missão. Mas quando vi quem estava por trás da candidatura... Não são os escolhidos para os cargos, esses são peões para o jogo. Quando vi quem estava por trás percebi que o meu destino ainda estava por cumprir. Percebi que sacrificando a minha vida pessoal e familiar, agora tenho três netinhos e pensei que ia usufruir deles, entendi que tenho compromisso com o meu destino de servir o FC Porto. Tenho uma equipa remodelada para este futuro. É necessário novo fôlego e entusiasmo. O FC Porto nasceu em 1893, mas será eterno. É uma grande corrida, uma grande maratona que se iniciou a 28 de setembro de 1893, mas que não terá fim. Durante essa corrida, vamos pegando no testemunho que o nosso antecessor nos entregou para levá-lo até ao próximo com o dever cumprido", vincou, queixando-se das constantes críticas enviadas por Villas-Boas.
"Na outra campanha dizem mal de tudo e todos. Na minha campanha, só lembro isto: FC Porto acima de tudo. E como é o FC Porto acima de tudo, não responderei a insultos, porque tenho sido insultado. Não vou responder. Para mim, o que interessa é o FC Porto. Se vencer o FC Porto, no dia a seguir, a minha preocupação será de imediato voltar a unir a massa associativa e os adeptos. Não vamos ofender ninguém, isso era dar importância a quem não merece. Eu e os meus parceiros têm sido difamados miseravelmente. Esse candidato não me serve a mim e não servirá a vocês, claramente. A minha preocupação será unir a massa associativa. Esses insultos e difamações não vêm da cabeça deles. Vêm dos ideólogos da Cofina e da Olivedesportos. Mas os que votarem em mim e os que não votem, serão todos a alma do FC Porto. Dedico a minha vida a quem tem paixão pelo FC Porto, não é para quem tem a ganância dos direitos televisivos e essas coisas", finalizou.
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