John Textor passou várias horas, na segunda-feira, a responder a perguntas dos senadores brasileiros encarregados de investigar a possível manipulação de resultados desportivos. O americano, presidente do Botafogo, de Artur Jorge, e do Lyon, manteve as denúncias que fez há várias semanas.
Ele acusou o Palmeiras, campeão em dezembro, de subornar árbitros e também denunciou jogadores do São Paulo e do Fortaleza, que, na sua opinião, eram culpados de manipular resultados para favorecer o Palmeiras.
De acordo com o presidente da comissão parlamentar, Jorge Kajuru, durante as conversas com os deputados, algumas das quais a portas fechadas, Textor também apresentou "provas" para sustentar suas alegações. Não foi uma conversa sem conteúdo", disse Kajuru, antes de prometer tornar públicos os elementos mais decisivos (incluindo uma gravação áudio de um árbitro). Pelo contrário, tinha conteúdo. Temos provas suficientes para investigar a fundo...".
Após a reunião, Textor falou, desta vez em público, para justificar a sua abordagem. "Temos de limpar o futebol brasileiro. O que descobrimos não é diferente do resto do mundo, da Bélgica, da França, de toda a Europa. A manipulação de resultados é uma realidade. (...) Sou dono de um clube, quero ganhar campeonatos e se conseguir provar, sem a menor dúvida, que a época de 2022 foi manipulada e que a de 2023 foi manipulada, bem como (apresentar) outras provas de anomalias, poderei recorrer ao tribunal desportivo, à polícia, e este órgão legislativo poderá agir", garantiu.
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