André Villas-Boas, presidente eleito do FC Porto, marcou presença, durante esta quarta-feira, nas bancadas do Dragão Arena para assistir ao duelo FC Porto-Colégio Efanor, partida que decide o título de campeão nacional de voleibol feminino.
À entrada para o encontro, o ex-treinador salientou a importância da tomada de posse antecipada, a 7 de maio, exigindo celeridade na passagem de dossiês entre as duas direções.
"Podemos já considerar uma vitória o dia 7 de maio, graças ao dr. Lourenço Pinto e as suas diligências, conseguimos antecipar alguns dias. Não é uma grande vitória, porque numa situação destas, ainda mais com um triunfo tão expressivo, o processos devia ser acelerado. Tendo em conta a história do sr. presidente, devíamos respeitar, sendo que não nos satisfaz de modo algum. Há temas muito quentes para resolver, um problema enorme de tesouraria que é preciso atacar o quanto antes. Amanhã esperamos a máxima cooperação da SAD do FC Porto para poder cooptar o dr. Pereira da Costa para iniciar as funções na SAD e termos algum controlo sobre documentos, ordens e todos os contratos a que temos de ter acesso", disse aos jornalistas André Villas-Boas, citado pelo jornal O Jogo, antes de falar da entrada em funções.
"Depende um pouco da humildade das pessoas em perceber que este ao eleitoral foi expressivo, já aconteceu noutros clubes que as pessoas tiveram essa humildade de perceber o momento. O momento acabou, os sócios ditaram uma vitória estrondosa e não há razão nenhuma e absoluta para estas pessoas continuarem a estar em funções. Portanto esperamos deles a máxima cooperação. Já houve uma primeira reunião nestes últimos dias entre as partes, o que nos satisfez, mas precisamos de começar a acelerar processos porque já estamos muito tarde na época e há muitas decisões a tomar", prosseguiu.
"Há muitas questões que não são tão fáceis de resolver do ponto de vista jurídico e burocrático, porque no fundo toma-se conta do clube, mas há situações onde nós não poderemos mexer se não houver máxima cooperação por parte dos órgãos sociais da sociedade anónima [SAD]. Portanto, nos outros clubes houve demissão imediata, houve assembleias gerais de destituição dos órgãos sociais que foram marcadas em antecipação, neste caso não há e eu não vejo motivo nenhum para que isto continue a acontecer. Esperamos que haja novidades, eu gostava de ter essa confiança, mas isso vai depender das pessoas e da sua humildade e de respeitarem a opinião dos sócios", vincou ainda, antes de falar sobre a inscrição de 2.500 novos sócios em três dias.
"Uma boa novidade, evidentemente, vem um pouco em linha com o que as pessoas iam dizendo na sede de campanha, que em caso de vitória se tornariam sócios de novo, muitas pela primeira vez. Este é um fator expressivo. Desde já fazer um pedido também aos não-sócios, adeptos e simpatizantes, para que, quando entrarmos em funções, lançar uma nova campanha de angariação de sócios também e que isso crie uma nova dinâmica de angariação de sócios. Acho que torna-se também premente rever toda a base de dados dos associados do FC Porto, atualizá-la e a partir daí lançar novas campanhas que gerem e que façam o aproveitamento máximo deste momento", finalizou.
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