Em conferência de imprensa após o treino da equipa da II Liga, no relvado do Campo Cruz do Reguengo, em Vila Verde, o avançado, que só jogou futebol universitário nos Estados Unidos (EUA) há mais de 20 anos, explicou que a oportunidade de vir para Portugal chegou por ser amigo do dono da SAD, o canadiano Adrian Johansson.
Instado a esclarecer se investiu na SAD minhota, Courtney Reum explicou que não, mas que essa é uma possibilidade no futuro -- "todas as opções estão em cima da mesa".
"Isto é o início do que pode ser um investimento. Para mim, investimento significa dinheiro, claro, mas também tempo: estou aqui, a mostrar-me, e também significa aconselhamento e experiência. Comecei algumas empresas com bastante sucesso nos EUA, investi em centenas, e acho que há muito que posso acrescentar na vertente do negócio. Sendo a pessoa mais velha do balneário, mais velha do que o treinador, espero que possa ajudar", afirmou.
O norte-americano disse qual o objetivo para vir para Portugal: "Treinar, talvez jogar, faz tudo parte do começo da jornada: eu não deixaria a minha grande vida em Los Angeles e todas as minhas empresas se não tivesse intenções sérias sobre o futuro".
Disse que quer ajudar a equipa a manter-se na II Liga e, a médio prazo, ajudá-la a chegar ao principal escalão do futebol nacional, acrescentando que uma eventual descida à Liga 3 travará esse intento.
"Se a equipa descer -- e tenho confiança e esperança de que vai ficar na II Liga - isso não me impedirá de me envolver. Há muitas outras coisas que precisaríamos de falar, mas não é para esta época. Claro que quero ficar na II Liga, mas leva tempo a construir uma equipa ou uma empresa. Para mim, é um projeto para vários anos até chegar à I Liga, o que não vai acontecer este ano ou no próximo. Julgo que pode ser num plano de cinco anos, se fizermos as coisas bem. Não sou o dono, mas gostaria de fazer parte disso", afirmou.
O Länk Vilaverdense, último classificado da II Liga, recebe o Torreense, no domingo, na 32.ª jornada, em Coimbra.
Sobre a capacidade de jogar, notou não ter 25 anos, mas frisou compreender melhor agora o jogo.
"Tento estar em boa forma, já fui mais rápido em jovem, mas consigo ser competitivo e acrescentar valor. Estou a ficar pronto para jogar, sinto-me mais forte a cada dia", disse.
Afirmando-se conhecedor de Cristiano Ronaldo, Bruno Fernandes ou Pepe -- "tem quase a minha idade" -, o norte-americano disse conhecer a história do futebol português e de clubes como Sporting, FC Porto e Benfica, e lembrou jogos de Portugal com a seleção dos EUA em campeonatos mundiais.
O seu treinador pessoal, o inglês Phil Walsh, que veio juntamente com uma equipa que prepara um documentário sobre o empresário, referiu que Courtney Reum é um avançado com golo.
"Ele é um marcador de golos, tem um instinto natural para isso, uma energia e uma mentalidade vencedora", disse.
No futuro, Courtney Reum não quer ser treinador, antes estar envolvido na área do negócio, dando o exemplo de Ryan Reynolds, conhecido ator canadiano que investiu no clube galês Wrexham, atualmente no terceiro escalão inglês.
"Mas o Ryan Reynolds não está a jogar. Acho que ele deveria tentar jogar no Wrexham ou talvez fazermos um jogo no fim da temporada entre as duas equipas", disse o cunhado da empresária norte-americana Paris Hilton, herdeira da cadeia de hotéis Hilton.