Apurada pela terceira vez para a fase final da competição, depois do quarto e último lugar no Grupo A, em 2014, e das meias-finais de 2019, a 'equipa das quinas' integra o Grupo B da edição de 2024, com Espanha, Bélgica e Polónia, e espera chegar ao derradeiro embate, com as polacas, em 12 de maio, com hipótese de se chegar às semifinais, para então se focar em metas mais ambiciosas.
"Para já, a nossa expetativa é chegar ao jogo da Polónia, ao terceiro jogo, em condições de ainda disputarmos a qualificação para a meia--final. Se correr tudo bem e nos qualificarmos para a meia--final, passaremos a ter duplo objetivo (...). É um jogo que nos permite o acesso à final e também o apuramento para o campeonato do mundo sub--17", referiu o selecionador, em declarações à Lusa.
As portuguesas apuram--se para o campeonato do mundo de 2024, organizado pela República Dominicana, entre 16 de outubro e 03 de novembro, caso atinjam a final ou vençam o duelo de atribuição do terceiro e quarto lugares, também agendado para 18 de maio, em caso de derrota numa eventual meia--final.
O conjunto luso estreia--se na prova diante da Espanha, seleção campeã europeia em quatro ocasiões, que derrotou Portugal por 4--0 na primeira fase de qualificação, em Guimarães, em 31 de outubro de 2023, no primeiro de três duelos com um "grau de dificuldade e de adversidade muito importante" para o crescimento das jogadoras.
"Vamos pensar neste apuramento jogo a jogo, sabendo que o grau de dificuldade do primeiro é muito, muito alto. Estamos a falar de uma equipa que frequentemente está nas finais desta competição. É um desafio para nós. Já as enfrentámos na primeira qualificação e perdemos. Agora queremos ser melhores, queremos crescer", acrescentou.
Na antecâmara de uma fase de grupos que inclui ainda o duelo com a Bélgica, agendado para 09 de maio, também na cidade de Malmö, Carlos Sacadura frisou que as 20 jogadoras convocadas devem "encarar os jogos com muita ambição e responsabilidade", sem "querer o 'céu e a terra'", e considerou a presença na fase final "uma mais--valia".
"É sempre muito importante para cada uma das nossas gerações chegar às fases finais, porque a adversidade, a experiência e a competitividade de um jogo internacional é muito grande. Quando se juntam as oito melhores seleções desse ano, estamos perante uma experiência enriquecedora para as jogadoras chegarem ao que querem: serem profissionais de futebol e chegarem à seleção AA feminina", realçou.
Convencido de que as futebolistas das camadas jovens portuguesas têm cada vez "melhor entendimento do jogo", quer pelo trabalho desenvolvido nos clubes, quer pela experiência acumulada com a camisola das 'quinas', o selecionador enalteceu ainda a recuperação de algumas jogadoras indisponíveis na qualificação e reconheceu a necessidade de gerir a fadiga associada ao final da temporada.
"Apareceram um bocadinho cansadas. Aproveitámos este espaço para, além de prepararmos o Europeu, descansarmos um bocadinho da época longa. Agora queremos equilibrar essa fadiga e tê--las frescas para estarem disponíveis", assinalou, ao perspetivar uma competição que tem, no Grupo A, a anfitriã Suécia, a Noruega, a Inglaterra e a França.