O presidente da FIFA, Gianni Infantino, anunciou, esta sexta-feira, em conferência de imprensa, que convocou uma reunião de emergência para o próximo mês de julho, onde será discutida a possibilidade de avançar para a exclusão de Israel.
"O futebol não deve e não deveria nunca tornar-se refém de políticas, e será sempre um vetor para a paz, uma fonte de esperança, uma força do bem, que une pessoas, em vez de as dividir", começou por afirmar, em declarações reproduzidas pelo jornal britânico The Telegraph, após o final do congresso anual.
"Esta avaliação legal terá de autorizar contributos e alegações de ambas as federações membro. Os resultados desta análise e a recomendação que irá seguir-se à mesma serão, subsequentemente, encaminhados para o conselho da FIFA", completou.
Esta discussão nasceu de uma proposta apresentada pela Federação Palestiniana de Futebol (PFA), que pretende ver o país sancionado pela forma como tem vindo a reagir, ao longo dos últimos meses, aos ataques terroristas por parte do Hamas.
As federações de Argélia, Iraque, Jordânia, Síria e Iémen já declararam apoio formal à iniciativa, que, para o presidente da organização israelita, Shino Moshe Zuares, não passe de "uma tentativa cínica e hostil política" para prejudicar a própria.
"Sete meses depois do dia terrível, quando jogos de futebol não podem realizar-se em partes significativas de Israel, de norte a sul, e mais de 130 israelitas são mantidos reféns, em Gaza, é injusto que nos vejamos obrigados e lutar pelos nossos direitos básicos", lamentou.
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