Bruno Fernandes publicou, esta sexta-feira, uma carta aberta, através do portal The Players' Tribune, na qual 'abriu o livro' a propósito do momento em que decidiu rumar ao Manchester United, em 2020, numa transferência que rendeu 65 milhões de euros aos cofres do Sporting.
"Têm de perceber um pouco a minha situação. No verão anterior, houve alguns rumores sobre clubes da Premier League estarem interessados em mim, mas a única coisa concreta foi o Tottenham. Agora, parece-me estranho, mas, na altura, estava entusiasmado. Um dos meus objetivos de vida era jogar na Premier League", começou por referir.
"Tentei bloquear todo o ruído, mas, no período em que vivemos, com as redes sociais, os telemóveis e as mensagens, é claro que os meus amigos me informaram dos rumores. Enquanto miúdo vindo de Portugal, é impossível não sonhar um pouco em jogar nos grandes palcos, em Inglaterra", prosseguiu.
"No final, os clubes não conseguiram alcançar um acordo, e o negócio caiu por terra. Foi uma emoção complicada, mas eu estava muito feliz no Sporting. Sentia o amor dos adeptos, e era um lugar fantástico para mim. Mas não era o meu destino. Passaram-se mais uns meses, a nova temporada começou, e tentei bloquear todo o ruído", completou.
Foi então que tudo mudou: "O meu empresário ligou-me, em janeiro, e fiquei um pouco chocado quando me disse 'Não, não. Estou a falar a sério. O Manchester United. O que é que queres fazer?'. Disse, literalmente, à Ana [a sua mulher] 'Sinto que já estou a viver um sonho, no Sporting. Mas isto é... É mais do que um sonho. É o Manchester United".
"Enquanto isto, o meu empresário ainda estava ao telefone! Nem sei se o silenciei. Talvez ele ainda estivesse a falar comigo sobre o acordo, e eu não estava a responder. Finalmente, disse-lhe 'Miguel?'. Ele disse 'Sim?'. Eu disse 'Vamos para o Manchester United'. Desliguei o telefone, abracei a minha mulher e chorei lágrimas de felicidade", completou.
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