No Cairo, um autogolo do médio togolês Roger Aholou, logo aos quatro minutos, foi suficiente para o Al Ahly se impor na partida disputada no seu estádio e revalidar o título que alcançou na época passada, uma vez que tinha empatado 0-0 no jogo da primeira mão, em Tunis.
Miguel Cardoso falhou a possibilidade de se tornar o segundo treinador português a sagrar-se campeão africano, depois de Manuel José, que ergueu por quatro vezes o troféu da mais importante prova continental de clubes, todas no comando do Al-Ahly, em 2001, 2005, 2006 e 2008.
O clube egípcio impôs-se também em 1982, 1987, 2012, 2013, 2020, 2021 e 2023, cometendo a proeza de revalidar quatro vezes o título, a última das quais hoje, e reforçando o estatuto de grande dominador da competição, uma vez que os segundos clubes mais bem-sucedidos, os compatriotas do Zamalek e os congoleses do Mazembe, têm 'apenas' cinco troféus.
O Al Ahly está para a 'Champions' africana como o Real Madrid está para a europeia, que os espanhóis já conquistaram 14 vezes, o dobro do segundo clube mais vitorioso, os italianos do AC Milan, podendo aumentar esse número no próximo sábado, quando defrontarem os alemães do Borussia Dortmund no jogo decisivo da edição de 2023/24.