Jens Lehmann concedeu uma extensa entrevista à edição deste sábado do jornal britânico The Telegraph, na qual disse não esperar grandes feitos da seleção alemã, no Campeonato da Europa, pese embora esta jogue 'em casa'.
"É difícil dizer, porque tiveram resultados terríveis. Salvaram-se com vitórias contra França e Países Baixos, mas não devemos sobrestimar esses resultados. Para os jogadores franceses e neerlandeses, foi antes da Liga dos Campeões. Para nós, eram jogos de alta pressão, devido aos maus resultados", afirmou.
"Não sou crente ao ponto de dizer 'Agora, vamos ser ótimos'. Consigo imaginar que, se tivermos três ou quatro jogadores de grande talento, vão fazer a diferença. Penso que, no máximo, chegaremos às meias finais. Após dois anos, ainda não sabem bem como defender", acrescentou.
Na opinião do antigo guarda-redes do Arsenal, o problema não é difícil de identificar: "O futebol alemão atingiu o pico em 2014, e, depois, a surgiu a liderança errada. Temos, nas três posições de maior perfil do futebol alemão, treinadores que nunca jogaram".
Neste capítulo, o ex-internacional germânico referiu-se, diretamente, ao selecionador, Julian Nagelsmann, e aos treinadores de Bayern Munique e Borussia Dortmund, Thomas Tuchel e Edin Terzic, respetivamente, que, sublinha, foram apenas "bons treinadores de formação".
"Quando olhas para os jogadores que saíram das equipas deles... zero. Não há nenhum grande jogador alemão que tenha jogado sob as ordens deles, e quando eram treinadores de formação", completou.
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