Quase 30 anos depois de ter sido eleito pela primeira vez, em 11 de julho de 1994, o atual presidente da direção, Rui Alves, de 64 anos, disse que voltou atrás na palavra de não se recandidatar porque o "clube não podia ficar num vazio".
O ato eleitoral de segunda-feira ocorre depois de o emblema madeirense ter assegurado o regresso à I Liga de futebol, com Rui Alves, de 64, a encabeçar a única lista a sufrágio.
Em declarações à agência Lusa, o presidente dos 'alvínegros' disse acreditar que o "Governo Regional tomará uma posição diferente" sobre os apoios financeiros aos clubes da região.
E, por isso, apresenta como primeira medida do novo mandato reunir com o executivo madeirense para "projetar a próxima época do futebol" e "desenhar" as linhas gerais para as modalidades do clube.
Sobre o mercado de transferências, o líder do emblema insular espera desbloquear brevemente a sanção da FIFA que impede o Nacional de inscrever jogadores, talvez ainda no "mês de julho", embora sem se comprometer, de modo a cumprir o "desafio" de fazer um bom mandato desportivo.
Sobre os momentos mais marcantes dos longos anos de presidência, Rui Alves destaca os dois quartos lugares (2003/04 e 2008/09) alcançados na I Liga, com ênfase na última destas temporadas, na qual, lembrou, Nené acabou coroado "melhor marcador" do campeonato, além da "construção do Estádio da Madeira", que foi inaugurado em 2007, juntamente com a Cidade Desportiva.
As eleições do Nacional, recém-promovido à I Liga portuguesa de futebol, estão marcadas para segunda-feira, entre as 10:00 e as 19:00, num sufrágio que vai ter lugar na sede do clube, na Rua do Esmeraldo, no 'coração' da cidade do Funchal, anunciou a formação madeirense.
O ato eleitoral será dirigido pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral, João Manuel da Silva Borges Machado, a quem "competirá proclamar os eleitos e dar-lhes posse, após o apuramento dos resultados eleitorais, para o que será coadjuvado pelos restantes membros da Mesa e por um representante de cada lista concorrente", pode ler-se na mesma nota.
Em junho de 2021, Rui Alves foi reeleito pela 10.ª ocasião como presidente, com um total de 437 votos (71%), contra os 186 do candidato Daniel Meneses.
Rui Alves deixou a presidência do clube em junho de 2014, para se candidatar à liderança da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), no ato eleitoral que resultou na eleição de Mário Figueirendo, enquanto João Gris Teixeira ficou na presidência do clube e Margarida Camacho na da SAD, tendo regressado aos cargos no ano seguinte, após novo ato eleitoral.
Licenciado em engenharia civil, foi chefe de divisão da direção dos serviços de hidráulica da Região Autónoma da Madeira, entre 1986 e 1989, altura em que assumiu o pelouro de vereador de obras particulares na Câmara Municipal do Funchal, até janeiro de 1994, meses antes de chegar à presidência do Nacional.