À saída da assembleia geral ordinária, que foi deslocada para o Estádio da Luz devido à grande afluência de pessoas, Pedro Adão e Silva considerou "de importante reflexão" as várias intervenções críticas relativamente ao trabalho da direção benfiquista e também o facto de se terem ouvido do lado de fora do Estádio assobios e alguns pedidos de demissão a Rui Costa e restantes corpos sociais.
"O que posso dar de testemunho público é que o Benfica precisa de estabilidade institucional e isso é que é fundamental e necessário. O que é verdade é que hoje houve um rol infindável de intervenções, muitas, e nem uma a defender a direção e o presidente do Benfica, acho que isso implica uma reflexão de Rui Costa, que tem ainda um ano e meio de mandato pela frente e o que acontece em campo, as vitórias que os benfiquistas desejam, depende também do que se passa fora do campo", considerou o sócio e antigo Ministro da Cultura.
O antigo governante considerou que a presença massiva de adeptos na reunião magna do clube constitui um exemplo de "grande benfiquismo".
"Tivemos a auditoria que foi revelada ontem (sexta-feira) e, na verdade, o clube precisa de três coisas: ambição desportiva, competência na gestão e democracia interna. De alguma forma, o dia de hoje foi um exemplo de democracia interna, fica anunciada a revisão dos estatutos e, portanto, acho que foi um dia de grande benfiquismo e importante para o Sport Lisboa e Benfica", opinou o antigo ministro, que cessou funções de governação em abril deste ano.
Pedro Adão e Silva, também ex-candidato a vice-presidente do clube 'encarnado' na lista liderada por Noronha Lopes para o ato eleitoral de 2020, não comentou a possibilidade de o antigo candidato, que apoiou há quatro anos, voltar a apresentar-se para um ato eleitoral. "Isso é uma questão que têm de colocar ao João Noronha Lopes", respondeu de forma evasiva.