Em festa, já embalados na folia dos Santos populares e na esperança de relembrar os momentos únicos da conquista do Euro2016, foram muitos aqueles que saíram de casa para sentir o jogo de forma diferente, no meio da multidão.
Ainda com a temperatura amena, o termómetro chegou a aquecer bastante (de forma diferente) a cada remate dos craques portugueses à baliza checa durante a primeira parte.
Ricardo, o filho mais novo da família Meireles, recorda bem os jogos que foi assistir com os pais do Euro2016 para a Avenida dos Aliados. Lembra, com mágoa, a final. Na altura tinha sete anos e "muito menos 'pedalada' que agora".
"Fomos ver a final para a Avenida. Lá também tinha um ecrã gigante. Mas, na altura, era pequeno, e primeiro fiz uma birra enorme... Os meus pais já não me podiam aturar. E quando estavam quase a desistir e a ir embora, adormeci ao colo do meu pai. Pronto... Não era propriamente leve! Fomos mesmo. E não vimos o golo do Éder! Hoje não saio daqui", contou divertido.
Entretanto, a República Checa marcou, mas isso não serviu para esmorecer os ânimos. Até porque a festa ainda estava a começar.
Laurinda não sabia ao que ia quando saiu de casa. Foi à farmácia, à mercearia e no caminho parou para espreitar o que se passava. E foi golo de Portugal.
"Vou-lhe dizer que nem sabia que Portugal jogava. Mas cheguei lá no momento certo. Foi golo e fiquei para o resto da festa. Já não consegui sair dali. Eu sabia que íamos marcar mais um e que íamos ganhar. Que grande surpresa", disse Laurinda que, entretanto, já estava com um cachecol ao pescoço.
Aos 88 minutos, Diogo Jota marcou e a multidão voltou a ficar a êxtase, mas rapidamente acalmou quando o árbitro anulou o golo devido a posição irregular do jogador.
Mas o melhor estava mesmo reservado para o fim. E Francisco Conceição trouxe-o do banco. Já em tempo de descontos, o jogador do FC Porto apontou o golo da vitória portuguesa no primeiro jogo no Euro e a festa fez-se nas ruas do Porto com muita música, bebida, cor, palmas, cachecóis e palavras de incentivo à mistura.
Está dado o mote para o resto que está para vir.