Pouco depois da eliminação da Itália no Euro'2024, aos pés da Suíça (2-0), Luciano Spalletti não escondeu a desilusão com o desfecho do encontro em Berlim, mas não hesitou em admitir a sua responsabilidade e a discussão do seu futuro ao cargo dos ainda campeões europeus.
"A responsabilidade é sempre do treinador, porque eu tomo as decisões. O Gabriele Gravina [presidente da Federação italiana] sempre se comportou muito bem comigo profissionalmente. Vamos conversar e ver o que temos a dizer um ao outro. Todos os treinadores são responsáveis pelos resultados que obtêm em campo", começou por dizer.
"Aquele golo logo no início da segunda parte cortou-nos as pernas. Não fomos tão intensos e o ritmo fez a diferença. Estivemos abaixo do nível da Suíça, que foi uma digna vencedora. Não é um resultado tão escandaloso como as pessoas podem pensar. Ultrapassámos um grupo difícil, mas não vejo uma equipa com personalidade em termos de fundamentos [de jogo] e foi isso que aprendemos com esta experiência no Euro2024", vincou de seguida.
"Temos de mudar coisas. Esse é o veredicto do futebol e seremos forçados a fazê-lo. Ando sob pressão desde o primeiro dia, mas não tenho medo e estou muito tranquilo por tentar competir a este nível. O caminho até ao Mundial2026 é muito longo, mas temos de o fazer aos poucos. O futuro da seleção italiana resume-se a fazer escolhas difíceis. Precisamos de ter mais ritmo, consistência, sacrifício e jogadores que possam ser o motor da equipa. Temos qualidade, mas quando perdemos a intensidade ao longo de 90 minutos, é natural que se pense que precisamos de mais fisicalidade", completou.
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