A experiente guardiã de 32 anos assumiu ainda ser relevante para o orgulho de Portugal mostrar que a estada na Liga das Nações B será apenas passageira e que o regresso à Liga A, que se encontra à distância de um ponto, será conquistado com naturalidade, mas sempre com valores como a consistência, o equilíbrio e a humildade bem presentes.
"O futebol feminino está a crescer e as equipas estão a crescer. É importante percebermos e adaptarmo-nos ao que as equipas nos vão dando, a consistência desta equipa foi o que fez com que esta tivesse chegado tanto ao Europeu, como o Mundial, portanto há que manter esse equilíbrio e humildade", assinalou, em conferência de imprensa realizada na Cidade do Futebol, em Oeiras.
A guarda-redes, que conta 92 internacionalizações, destacou a qualidade e competitividade na preparação no setor, no qual concorre com as companheiras Inês Pereira e Sierra Cota-Yarde pela titularidade nos dois jogos que se seguem, perante Bósnia-Herzegovina e Malta.
"Uns sentem-se melhor numa tática, outros noutra. Acho importante é que, acima de tudo, todas nós possamos adaptar-nos para estarmos mais próximas do que é a ideia de jogo da equipa. Portanto, é uma preparação em que, não só eu, como todas nós, guarda-redes, trabalhamos todos os dias para estarmos mais próximas do que o mister pede", declarou.
Patrícia Morais reconhece que as boas campanhas que Portugal tem protagonizado nos últimos anos, assim como os feitos individuais e coletivos de várias das suas jogadoras, tem depositado maiores atenções a nível internacional, pelo que feitos como a recente transferência de Kika Nazareth para o FC Barcelona são encarados como uma evolução natural.
"Como disse antes, o futebol feminino tem crescido. Obviamente, como estamos habituadas a estar em campeonatos da Europa e Mundiais, o nosso valor acresce e, portanto, olham para nós de uma forma diferente e é sempre bom sermos valorizados, neste caso com a Kika", identificou, satisfeita pelo sucesso alcançado pela companheira da seleção.
Patrícia Morais mostrou-se convicta de que no futuro próximo existirão mais jogadoras portuguesas nos maiores clubes europeus, reconhecendo potencial e capacidade à atual geração de futebolistas nacionais.
"Temos jogadoras com muita qualidade, não só a Kika, que estão a vir também, e muitas que já cá estiveram têm essa qualidade para poder jogar numa grande equipa e, portanto, é sempre bom. Os portugueses têm de ser valorizados e felizmente temo-lo sido", constatou, satisfeita, a guarda-redes.
Ana Dias, que representa as Portland Thorns, dos Estados Unidos, assim como Ana Seiça e Stephanie Ribeiro, ambas a alinharem ao serviço dos mexicanos Tigres e Pumas, respetivamente, continuam ausentes e apenas se apresentarão na próxima segunda-feira.
As restantes 23 convocadas participaram no treino de hoje, realizado na Cidade do Futebol, em Oeiras, e trabalharam no relvado n.º 1 sem qualquer limitação, tendo em vista o jogo na Bósnia-Herzegovina, no dia 12 de julho, em Zenica, a partir das 18:00 (horas em Lisboa), na quinta ronda do Grupo B3.
Quatro dias depois, Portugal recebe a seleção de Malta, à mesma hora, no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria, para a derradeira jornada da 'poule'.
A equipa das 'quinas' lidera o Grupo B3, com 12 pontos, com a Bósnia-Herzegovina em segundo, com seis, a Irlanda do Norte em terceiro, com quatro, e Malta em último, só com um.
O Europeu de 2025 vai realizar-se na Suíça, entre 02 e 27 de julho de 2025.
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