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COI aceita três mulheres que talibã negam ser representantes afegãs

O regime talibã garantiu hoje que não reconhece como representantes do Afeganistão qualquer uma das três compatriotas mulheres que vão competir nos Jogos Olímpicos de Paris2024.

COI aceita três mulheres que talibã negam ser representantes afegãs
Notícias ao Minuto

16:35 - 09/07/24 por Lusa

Desporto Comité Olímpico Internacional

"Uma vez que o desporto feminino está suspenso no Afeganistão, não assumimos qualquer responsabilidade. Não nos pertencem", disse o porta-voz do governo para o desporto, Atal Mashwani, que apenas aprova como legítimos embaixadores do país os três atletas masculinos.

Quando voltaram ao poder, em 2021, os talibãs tomaram um conjunto de medidas que limitaram severamente a liberdade das mulheres, não só proibindo-as de frequentar o ensino, sobretudo o superior, mas também de praticar qualquer atividade desportiva.

"É uma honra representar novamente as meninas do meu país. Meninas e mulheres foram privadas de seus direitos básicos, incluindo a educação, que é o mais importante", respondeu, por sua vez, a velocista Kamia Yousufi, que vestiu as cores do Afeganistão no Rio2016 e em Tóquio2020, onde foi porta-estandarte, a par com Farzad Mansouri, do taekwondo.

Kamia, que está refugiada na Austrália, critica duramente a realidade vigente no seu país e, através do comité olímpico australiano, assumiu: "Eu represento os sonhos e aspirações roubados destas mulheres que não têm autoridade para tomar decisões como pessoas livres".

O poder talibã tem-se manifestado intransigente quanto à limitação dos direitos femininos, contudo, em março, o Comité Olímpico Internacional (COI) manifestou-se determinado em contar em Paris2024 com uma delegação afegã "equilibrada em termos de género".

Assim, e com o contributo de membros do Comité Olímpico do Afeganistão, quase todos no exílio, foi aprovado que as irmãs ciclistas Fariba e Yulduz Hashimi se juntam a Kami Yousufi para completar o trio feminino na capital francesa, numa seleção em que os três homens competirão no atletismo, judo e natação.

Paralelamente, na equipa de refugiados, o COI incluiu outras duas afegãs, nomeadamente a judoca Nigara Shaheen e ainda Manizha Talash, do breaking, disciplina em estreia olímpica que junta dois elementos que os talibã reprovam no feminino: dança e música.

O COI proibiu a participação do Afeganistão no maior evento desportivo do planeta durante a primeira fase de poder talibã, entre 1996 e 2001, entretanto derrubado por intervenção militar estrangeira, mas agora optou por outra abordagem, para incluir uma delegação, com igualdade de género, desta nação entre os 206 países representados.

Leia Também: João Ribeiro e Messias Baptista querem "resultado incrível" em Paris'2024

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