Dois anos depois de ter deixado o Al Jabalain, Carlos Pinto está de regresso à Arábia Saudita, onde irá comandar o Al Safa, do segundo escalão. O treinador português está entusiasmado com esta nova experiência e, em declarações a que o Desporto ao Minuto teve acesso, aproveitou para desmistificar algumas ideias pré-concebidas em relação ao futebol que se pratica neste país.
"Acho que há várias ideias feitas na Europa sobre o futebol árabe. Primeiro, as pessoas pensam que todos os clubes aqui têm orçamentos ilimitados, o que não é verdade. Nem todos os clubes têm o dinheiro que os grandes clubes investem. Depois ainda se questiona a qualidade do atleta árabe. Há talento por aqui", explicou o técnico, de 51 anos, natural de Paços de Ferreira.
Sobre o facto de ter estado dois anos longe dos relvados, Carlos Pinto assume que sentia falta de estar no ativo e defende que o plantel do Al Safa tem "qualidade", embora seja preciso "trabalhar muito".
Há apenas um mês no comando técnico da equipa, o treinador já se deparou com lesões, admitindo também a falta de "opções", algo a que já está habituado. "A vida de um treinador é muito isso, procurar alternativas e soluções para a equipa", disse ainda.
Por fim, Carlos Pinto falou sobre a possibilidade de voltar a trabalhar em Portugal, cenário que não descarta: "Um treinador de futebol está sempre com as malas feitas e tem de estar disposto a saber lidar com as regras do jogo. Para já, quero ter sucesso no estrangeiro e deixar a minha marca aqui. Portugal há de ser sempre uma hipótese. Apesar dos meus últimos projetos não terem sido em Portugal, é uma realidade que conheço muito bem e onde somei êxitos. Se algum dia tiver um projeto ambicioso e que me seduza, vou pensar nisso. Mas o presente e o futuro será aqui, certamente".
A estreia de Carlos Pinto em jogos oficiais pelo Al Safa, vale notar, acontece a 20 de agosto, em casa do Al Jubail.
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