"Claro que estou muito triste por não fazer parte do dia das finais e poder representar o meu país e a minha família mais uma vez, mas estou muito agradecida. Não consigo imaginar um sítio melhor para encerrar a minha carreira", lançou a surfista de 31 anos através da rede social Instagram.
Depois da medalha de ouro conseguida em Tóquio2020, na estreia do surf nos Jogos, e após cinco títulos da Liga Mundial de Surf (WSL), em 2011, 2013, 2015, 2019 e 2020, a atleta que nasceu há 31 anos em Honolulu, Havai, Estados Unidos, que já tinha renunciado há uns meses à participação no circuito principal da WSL para preparar a defesa do título olímpico, deixa de vez a competição.
"Fiz uma escolha, deixei o 'tour' [circuito de elite da WSL]. Vim para cá [Polinésia Francesa] e passei meses deste ano a tentar fazer o meu melhor. Quando ficas perto de um sonho, é chato. Mas, ao mesmo tempo, foi tão divertido. Não teria feito as coisas de nenhuma outra maneira. Dei tudo", realçou Moore, que venceu por duas vezes, em 2010 (Peniche) e 2013 (Cascais), a etapa portuguesa do circuito principal da WSL.
A surfista que começou a apanhar as primeiras ondas com apenas cinco anos na praia de Waikiki, com o seu pai, perdeu nos 'quartos' com a francesa Johanne Defay (10,34 pontos em 20 possíveis contra os 6,50 de Carissa Moore), e colocou um ponto final na carreira quando grande parte da comunidade do surf ainda a considera como uma das melhores, senão a melhor, surfista da atualidade.
Certo é que no sábado, dia em que está previsto que decorram as finais, vão haver novos campeões olímpicos, no quadro feminino e também no masculino, já que Carissa Moore está fora da corrida e o brasileiro Ítalo Ferreira falhou o apuramento para Paris2024.
Na corrida pelas medalhas vão estar Caroline Marks (Estados Unidos), campeã mundial que defronta Johanne Defay (França) na primeira semifinal, e Tatiana Weston-Webb (Brasil) e Brisa Hennesy (Costa Rica), tendo a última eliminado a portuguesa Yolanda Hopkins nos 'oitavos'.
Do lado dos homens, vão a jogo Alonso Correa (Perú) e Kauli Vaast (França), na primeira meia-final, com o segundo embate a colocar frente-a-frente dois favoritos ao 'ouro', o brasileiro Gabriel Medina, tricampeão do mundo, e o australiano Jack Robinson, um dos maiores especialistas em 'tubos' - a manobra rainha do surf.