"A nossa posição é muito clara: o COI não organizará boxe em Los Angeles2028 sem um parceiro de confiança", reforçou Thomas Bach, a dois dias do final dos Jogos Olímpicos Paris2024.
Com a Associação Internacional de Boxe (IBA) suspensa já desde 2019, por problemas com corrupção e má gestão interna, o COI assumiu a gestão da qualificação para Tóquio2020 e Paris2024.
Esta federação é liderada desde 2020 pelo empresário russo Umar Kremlev, que trouxe financiamento sobretudo do gigante do gás Gazprom, não conseguindo regressar ao movimento olímpico, que entretanto lhe retirou por completo o reconhecimento.
O conflito entre as duas partes escalou em Paris2024 devido a duas lutadoras, a argelina Imane Khelif e a taiwanesa Lin Yu-ting, que a Associação Internacional de Boxe garante serem homens, apesar de nunca revelarem quaisquer provas quanto às atletas, que nasceram mulheres e sempre viveram como mulheres, como reforçou diversas vezes o COI.
Entretanto, a World Boxing surgiu por iniciativa norte-americana e em maio deste ano começou conversas com o COI para assumir a gestão do boxe olímpico, para já sem apoio de muitas federações nacionais, perante as garantias financeiras deixaras pela IBA.
Assim, Thomas Bach 'escalou' o aviso: "Se as federações querem que os seus lutadores ganhem medalhas olímpicas, devem organizar-se numa federação internacional de confiança, com boa governança", reforçou.
Bach tem insistido no que o COI tinha garantido em maio, de que qualquer lutador associado à IBA ficaria excluído de Los Angeles2028.