A seleção nacional de hóquei em patins goleou, na terça-feira, a congénere de Angola por 4-0, em jogo da segunda jornada do Grupo A do Mundial da categoria. O selecionador nacional Paulo Freitas ficou satisfeito com a exibição, mas admitiu que ficou a faltar "um danoninho" para poder ter vantagem no confronto com a Argentina.
"Houve alguma falta de eficácia na primeira parte, mas criámos boas oportunidades e percebíamos que a dimensão do jogo ia ser diferente daquele que Angola tinha feito frente à Argentina. Bastou ouvir as declarações do Rui Neto ontem, para percebermos que hoje íamos ver uma seleção de Angola a fazer coisas diferentes. Foi uma equipa arrojada, mais agressiva a defender, a trabalhar ações de bloqueio. Acho que o resultado é curto, para a primeira parte que fizemos, pois Angola não teve grandes oportunidades na primeira parte, na segunda chegou mais vezes", começou por dizer Paulo Freitas após a partida.
"Obrigou-nos a sofrer, e está provado que esta equipa sabe sofrer. Estamos satisfeitos com o resultado, porque não sofremos golos. É evidente que nos faltou um ‘danoninho’, para podermos ter vantagem amanhã [quarta-feira] e jogarmos com dois resultados. O histórico com a Argentina diz que cai para um lado ou outro. Estaremos para ganhar. Vamos discutir o jogo e tentar cumprir o segundo objetivo. O primeiro está atingido, apurarmo-nos para os quartos de final. O segundo é conquistar o primeiro lugar do grupo", prosseguiu o técnico.
"Sou um grande adepto do hóquei ofensivo, gosto muito de hóquei ofensivo e quando as equipas se expõem. Mas, estamos aqui para ganhar. O pragmatismo tem de falar mais alto. Continuo a achar que tudo passa pela defesa, pelas transições, quer sejam ofensivas ou defensivas. Por uma boa reação à perda da posse. O ataque posicional, muito para ganhar sensações e para potenciar a individualidade. Quem me conhece sabe que penso assim", vincou ainda, sem esquecer os incêndios que têm afetado Portugal nos últimos dias.
"Estamos aqui a disputar uma competição, mas mais importante é o que se passa no país, com os incêndios. O grupo queria deixar uma palavra de grande apreço, solidariedade e carinho, a todos os profissionais e voluntários a combater os incêndios, e todos os que estão a ter problemas. Sentimos uma consternação enorme", finalizou.
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