Zeno Debast concedeu, esta quarta-feira, uma extensa entrevista ao jornal belga HLN, na qual falou sobre a mudança para o Sporting no verão passado. O defesa-central garante estar bem ambientado à nova realidade e ao novo clube, apesar de reconhecer que a vida de futebolista é, por vezes, muito solitária.
"Não gosto de estar sozinho nos meus tempos livres. Quando chego a casa, prefiro ter alguém com quem falar. Eu sei, a vida de futebolista é por vezes solitária. Sobretudo quando se está em estágio com a equipa. A minha família tenta vir a Lisboa todos os meses, mas não é fácil. Os meus pais trabalham e o meu irmão mais novo também joga no Anderlecht", começou por dizer Debast, que assumiu que passa as suas folgas "na praia, em paz", nomeadamente na Margem Sul: "Prefiro este lado de Lisboa. Na cidade só fui a alguns restaurantes."
Sobre a relação com o treinador Rúben Amorim, Debast assumiu que tem a confiança do treinador desde o primeiro dia em que chegou a Alvalade.
"Continuo a ser um jogador jovem. Tenho 20 anos, por isso os pequenos erros podem continuar a existir durante algum tempo. Mas eliminá-los faz parte do plano. O treinador [Rúben Amorim] diz-me constantemente que vai resultar. Ele também me conhece, não apenas por algumas imagens de jogos como jogador do Anderlecht. Rapidamente quis saber quem e como sou enquanto pessoa. Isso criou imediatamente um clique. Ele queria saber como eu era, por isso sentimos uma confiança mútua desde o primeiro dia", vincou.
O internacional belga sublinhou ainda que já sabe algumas palavras em português.
"Sei que goleiro significa guarda-redes. Já sei isso (risos). Estou a ter aulas online e a fazer progressos. Dentro de três ou quatro meses, devo ser capaz de o fazer corretamente. Mas sou bastante bom em línguas, apesar de já não ter de aprender nenhuma há muito tempo", finalizou Debast.
Leia Também: Notas do PSV-Sporting: Tanto escorregão baralhou vida milionária do leão