O emblema sadino, que atualmente participa na II divisão distrital da Associação de Setúbal, sublinha que o processo remonta a 2017, altura em que a Vitória SAD, que está em processo de insolvência, competia na I Liga.
"O Vitória Futebol Clube não é parte integrante deste processo e, por conseguinte, não tem qualquer intervenção na sua condução. A nossa posição neste momento é a de aguardar que a justiça seja feita", referiu o clube em comunicado publicado na sua página oficial.
Na mesma nota, assinada pela direção presidida por Carlos Silva, que ocupa o cargo desde dezembro de 2020, é lembrado que as acusações recaem sobre a SAD vitoriana e os dirigentes que estavam em funções há sete anos.
"Entendemos a relevância deste assunto para a comunidade desportiva e para os nossos adeptos. No entanto, é fundamental salientar que este processo remonta a 2017 e que as acusações recaem exclusivamente sobre a Vitória SAD e respetivos diretores", escrevem.
A finalizar o comunicado, o Vitória reitera o seu "compromisso com a ética, a transparência e o cumprimento das regras".
A acusação do Ministério Público, hoje conhecida, diz respeito ao designado caso dos emails e implica a SAD do Benfica em vários crimes, entre os quais corrupção ativa e fraude fiscal.
O despacho envolve ainda o anterior presidente 'encarnado', Luís Filipe Vieira, e o antigo assessor jurídico Paulo Gonçalves, bem como a SAD do Vitória de Setúbal, ilibando o atual presidente, Rui Costa, e outros membros da atual e antiga direções.
Em causa está, segundo a acusação, um alegado esquema, que teve como mentor Luís Filipe Vieira e que teria como objetivo a subversão da verdade desportiva pelo controlo de outros clubes para facilitarem ao Benfica nos jogos de confronto direto.
A investigação da Polícia Judiciária, realizada entre 2016 e 2019, também se debruçou sobre a atuação da equipa do Vitória em jogos contra o Benfica, tendo concluído que o clube da Luz foi beneficiado em campo pela má atuação, alegadamente propositada, de alguns atletas adversários.
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