"[O jogo] Preparou-se da mesma forma, com bastante organização, a saber como temos de defender, a saber como temos de atacar, onde podemos fazer mal [ao Benfica], sabendo que contra estas equipas é lógico que é mais difícil encontrarmos problemas. Temos as coisas absolutamente bem definidas no que temos de explorar e o que temos de contrariar, sabendo dos pontos fortes e da dinâmica ofensiva diferente que é este Benfica", disse Tozé Marreco, em conferência de imprensa.
O técnico pediu à sua equipa ambição, crença e intensidade nos duelos que este tipo de jogos acarreta, "a aliar à organização" necessária.
"Com muito poucos erros, sabendo que os erros neste tipo de jogos se vão pagar muito caro", acrescentou, lembrando que, no desaire (2-0) da jornada anterior frente ao Sporting de Braga, a equipa pecou "num momento muito perto do intervalo" e isso "não pode acontecer novamente".
A expetativa dos algarvios, segundo Tozé Marreco, passa por "um jogo com grau de dificuldade elevadíssimo", em que a motivação terá de ser a mesma da que existiu frente à Sanjoanense, para a Taça de Portugal, ou ao Estoril Praia, para o campeonato, em que ocupam o 18.º e último lugar.
"Nós estamos numa posição absolutamente delicada, sabemos disso. Invertemos um ciclo de dinâmica de derrotas, com muito mérito, com o empate nas Aves [frente ao AVS] e depois com a vitória em casa com o Estoril. Mostrámos que estamos absolutamente vivos no campeonato", realçou.
Frente aos minhotos, o treinador do Farense, que no final de setembro sucedeu a José Mota, reconheceu que faltou mais arrojo ofensivo, o que justificou com as muitas baixas por lesão que têm afetado a equipa nas últimas semanas, mas salientou que as coisas vão mudar no futuro.
"Começámos com as fundações da casa, a organizar uma série de coisas que tínhamos de alterar e agora, nos próximos jogos, vamos pôr em prática as outras coisas, porque temos de crescer noutros aspetos e não tenho dúvida de que o vamos conseguir fazer. Somos os últimos neste momento, com toda a certeza não vamos ser últimos no final do campeonato", afirmou.
Em relação ao Estádio Algarve, recinto que o emblema farense utiliza a partir desta época para receber apenas os chamados três 'grandes', Tozé Marreco reconheceu que, desportivamente, preferia enfrentar os 'encarnados' no Estádio de São Luís, mas compreende a opção da SAD e do presidente João Rodrigues devido à parte financeira.
"O São Luís vai ser a nossa força. Não tenho dúvida disso, de que os jogos em casa vão ser absolutamente decisivos para nós e que vamos ter força e empurrão extra. Se me perguntar se desportivamente preferia jogar no São Luís? Isso é inegável. Eu não minto, isso é inegável. Percebo a opção? Claramente que sim", referiu.
Farense, 18º e último classificado, com quatro pontos, e Benfica, terceiro, com 19, defrontam-se no sábado, às 18:00, no Estádio Algarve, com arbitragem de Cláudio Pereira, da associação de Aveiro.