André Silva concedeu, esta terça-feira, uma extensa entrevista ao jornal italiano Gazzetta dello Sport, na qual, entre outros temas, falou sobre o facto de estar afastado dos trabalhos da seleção nacional e da partilha de balneário com Cristiano Ronaldo.
"Conversámos mais quando jogámos juntos na seleção nacional. Era um sonho jogar ao lado dele em Portugal, ele sempre me apoiou. A verdade é que os anos passam, fazem-se escolhas e ele continua a marcar e a quebrar recordes. Ele será sempre uma lenda", começou por dizer André Silva.
Com apenas sete jogos esta época pelo RB Leipzig, num total de 142 minutos, André Silva admite mudar de clube já em janeiro e regressar a Itália, onde já vestiu a camisola do AC Milan.
"Um dos meus grandes arrependimentos é não ter deixado marca na Itália. Gosto sempre de fazer isso, quero sempre expressar o meu máximo potencial. Não o ter feito é uma coisa que me deixa desconfortável. A porta de Itália para mim está sempre aberta, para apagar esse desconforto. E a cultura é muito parecida com a nossa... Voltar seria algo muito positivo, mas concentro-me no que posso controlar", frisou o jogador de 29 anos.
"Quando não jogas muito é normal começares a pensar isso. Acredito muito no meu potencial e no trabalho que posso fazer. Mais do que tudo, quero competir e vencer, se não for aqui terá de ser onde eu possa fazer isso. A verdade é que futebol não é só o que sabes fazer. Sei marcar golos, vencer duelos, proteger a bola, mas futebol é muito mais do que isso. O que conta é a equipa que está atrás de ti, o clube e o sentimento com os outros jogadores. Tento fazer o que posso controlar e sei o que posso fazer: se já o fiz uma vez, posso fazer de novo", finalizou.
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