Numa altura em que 'lobos' e 'panteras' somam ambos apenas 12 pontos, uma vitória pode significar um desafogo na luta pela manutenção frente a um adversário direto, mas o técnico espera a mesma entrega em todos os desafios.
"Do ponto de vista emocional, eu percebo o facto de estarmos a lutar com um adversário que está com os mesmos pontos e que isso pode nos dar aquela falsa sensação de que é um jogo em que temos mesmo de competir por sermos iguais e estarmos na mesma situação. Mas não, nós temos de competir nos jogos todos, portanto, mais uma vez, nós temos de entrar com uma vontade muito grande de vencer, como em todos os outros", reiterou, na conferência de imprensa de antevisão ao encontro de sábado.
Vasco Seabra, que já orientou os 'axadrezados' em 2020, destacou as valências do adversário, apesar do momento difícil atual, nomeadamente a mentalidade batalhadora dos comandados de Cristiano Bacci.
"É um regresso onde já estivemos, mas mais importante do que isso é o jogo. E é um jogo difícil. O Estádio do Bessa é sempre um estádio onde os adeptos têm uma influência muito grande. O Boavista é uma equipa muito agressiva e aguerrida. Bate-se sempre no jogo, é muito competitiva, por isso sabemos que temos de olhar muito para o que temos de fazer, para a agressividade que temos de ter, tanto defensiva como ofensivamente", analisou.
A par do Boavista, o Arouca tem o ataque menos produtivo do campeonato, com 10 golos apontados, um problema que o técnico não deixa de reconhecer, mas acredita que se trata de uma questão de ansiedade que será revertida.
"Nós acabamos por estar um bocadinho mais ansiosos com o facto de querermos marcar golos, porque é o que nos pode dar vitórias e o desafogo na classificação. No momento da finalização, do último passe, do cruzamento é algo que joga um pouco contra nós. Mas é uma questão de momento, é uma fase. Já perdura há algumas semanas e, quando sairmos dela, a equipa vai estabilizar e sentir-se cada vez mais confiante", garantiu.
Depois de terem sido recentemente oficializadas três rescisões de contrato em Arouca - as saídas de Mateus Quaresma, Thiago Rodrigues e Vitinho -, o treinador justificou a necessidade de encurtar o plantel, mas não rejeitou a hipótese de contratar no mercado de janeiro.
"A verdade nua e crua é que três jogadores saíram porque estavam com poucos minutos e nós sentimos que vão existir ajustes. Nós tínhamos um plantel um bocadinho mais extenso do que pretendemos e é natural que surja uma outra entrada, mais uma outra saída", revelou.
Pedro Moreira e Nino Galovic são ausências confirmadas por lesão e Henrique Araújo está em dúvida, sendo pouco provável que seja opção.
O Arouca, 18.º e último classificado da I Liga, com 12 pontos, desloca-se ao Estádio do Bessa para defrontar o Boavista, 17.º, também com 12, com pontapé de saída marcado para as 20:30 de sábado e arbitragem a cargo de Gustavo Correia, da associação do Porto.
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