Após ter conseguido, no Estádio do Algarve, o triunfo por 1-0 no primeiro encontro após o desaparecimento da figura maior do universo 'azul e branco', através de um golo apontado por Francisco Moura, à passagem do minuto 48, a equipa rumou em voo direto para a cidade invicta e prestou ainda tributo ao ex-dirigente.
Os jogadores do conjunto 'azul e branco', sem a presença de nenhum membro da atual direção nas cerimónias fúnebres, tal como havia sido pedido por Pinto da Costa em vida, chegaram à Igreja das Antas às 23:49.
O grupo foi muito aplaudido pelas várias centenas de portistas que, apesar da hora tardia, ainda prestavam homenagem ao dirigente mais titulado do futebol mundial.
António Tavares, presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) do FC Porto, foi o primeiro a sair do autocarro com uma coroa de flores, seguindo-lhe o treinador Martín Anselmi e o plantel, tendo Jorge Costa, o escolhido de Villas-Boas para o cargo de diretor do futebol profissional, também surgido, num momento que causou uma breve celeuma, com um adepto a bloquear-lhe temporariamente a passagem.
O treinador do FC Porto, que nunca teve uma relação direta com o antigo presidente, esteve apenas cinco minutos no interior da igreja e prontamente regressou ao autocarro, deixando os jogadores prestarem as suas homenagens.
A visita dos jogadores à urna durou cerca de 15 minutos e, depois de todos terem recolhido novamente ao autocarro, partiram para o Estádio do Dragão, onde pararam em frente ao mural de homenagem onde milhares de cachecóis, camisolas, flores e velas foram deixadas por adeptos desde a noite de sábado.
Nesse último momento, aos jogadores juntou-se André Villas-Boas, que levou também uma coroa de flores.
Jorge Nuno Pinto da Costa, ex-presidente do FC Porto, clube no qual se estabeleceu como dirigente mais titulado e antigo do futebol mundial entre 1982 e 2024, morreu no sábado aos 87 anos, vítima de cancro.
Pinto da Costa tinha sido diagnosticado com um cancro na próstata em setembro de 2021 e agravou o seu estado de saúde nas últimas semanas, menos de um ano depois da derrota para a presidência do clube frente a André Villas-Boas.
O funeral do antigo presidente portista está marcado para as 11:00 de segunda-feira, no mesmo dia em que a Câmara Municipal do Porto decretou luto municipal.
Empossado pela primeira vez em 23 de abril de 1982, seis dias depois de ter sido eleito sem oposição como sucessor de Américo de Sá, o ex-dirigente exerceu funções durante 42 anos e 15 mandatos consecutivos, levando o FC Porto à conquista de 2.591 títulos em 21 modalidades - 69 dos quais no futebol sénior masculino, incluindo sete internacionais.
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