Após dois jogos consecutivos sem sorrir, o FC Porto regressou aos triunfos, este sábado, na deslocação ao reduto do Arouca (0-2), onde 'sacudiu' a pressão, na 'perseguição' aos rivais (e líderes) Sporting e Benfica.
Já se sabe que jogo tem 90 minutos (mais descontos, invariavelmente) e, nesse sentido, Samu Aghehowa e Fábio Vieira formaram o 'casamento' perfeito', ao apontarem os decisivos golos aos 13 e aos 77 minutos, respetivamente. A soma, de 90, permitiu a conquista de três importantes pontos.
Num primeiro tempo em que os arouquenses até foram mais 'atrevidos', valeu ao FC Porto um grande penalidade cometida por Fontán sobre Samu, cujo alerta dado pelo VAR permitiu que o avançado espanhol marcasse o seu primeiro golo em 2025 no campeonato português. Os 'fantasmas' estavam, desde logo, afastados.
Os azuis e brancos não se livraram de uma nova dose de sofrimento, mas foi aí que apareceu o golaço tranquilizador (e sentenciador) de Fábio Vieira, a ditar aquela que foi a primeira vitória de Martín Anselmi sem uma margem mínima.
Com este resultado, o FC Porto mantém-se na terceira posição e chega aos 50 pontos, a três dos rivais Sporting e Benfica, levando agora mais três por comparação ao Sporting de Braga, sendo que todos os concorrentes diretos ainda irão jogar no decorrer da 24.ª jornada. Já o Arouca soma a primeira derrota em 2025, seguindo no 13.º posto, com 25 pontos.
Vamos então às notas da partida:
Figura
Samu Aghehowa preparava-se para assumir o papel de principal protagonista, mas apareceu Fábio Vieira, com uma segunda parte 'endiabrada' a permitir um golaço de fora da área, sendo que, antes disso, já havia atirado uma bola com 'estrondo' à trave. O médio emprestado pelo Arsenal apenas pecou no quinto amarelo que viu na I Liga, ficando de fora do jogo frente ao Sporting de Braga.
Surpresa
O nome de Iván Marcano surgiu de forma algo inesperada no onze inicial de Martín Anselmi, após uma longa lesão que o impediu de dar o seu contributo durante quase um ano e meio. No regresso, o central espanhol mostrou ser uma mais-valia, com 90 minutos praticamente irrepreensíveis, a 'sacudir' o perigo da grande área de Diogo Costa por inúmeras vezes.
Desilusão
Alfonso Trezza já habitou os adeptos arouquenses a grandes exibições, mas a verdade é que, entre as referências ofensivas da sua equipa, figurou como a mais anulada pelo setor defensivo do FC Porto. O avançado uruguaio jogou até ao minuto 75, porém, não criou uma única ocasião de golo (ao contrário dos colegas Jason e Dylan Nandín), para além da constantes perdas de bola na saída para o ataque.
Treinadores
Vasco Seabra mudou muito pouco por comparação ao último onze inicial apresentado, mantendo um fio de jogo que proporcionou ao Arouca jogar olhos nos olhos do FC Porto, tanto na primeira parte, como no segundo tempo. As alterações a partir do banco permitiram manter a equipa fresca em busca do golo, mas a estratégia acabaria travada pelo sentenciador golo de Fábio Vieira, logo após uma dupla alteração.
Martín Anselmi voltou a mexer e a remexer no onze, deparando-se ainda com uma contrariedade à beira do apito inicial, face à lesão de Rodrigo Mora no aquecimento. A primeira parte esteve longe do pretendido, mas a vantagem alcançada permitiu encarar o segundo tempo com outro nível de pressão, de tal forma que as substituições refrescaram não só o ataque, como a defesa, na hora de garantir três importantes pontos.
Árbitro
João Gonçalves não teve uma noite propriamente fácil em Arouca, ao ponto de ter sido alertado pelo VAR, por duas ocasiões, de forma a corrigir as decisões tomadas inicialmente - primeiro no lance de penálti de Samu e, depois, no golo anulado a Brian Mansilla. De resto, o árbitro de 33 anos parece ter controlado bem a partida no critério disciplinar.
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