Imane Khelif concedeu, esta quarta-feira, uma extensa entrevista à estação televisiva britânica ITV News, na qual assumiu a ambição de renovar o título de campeã olímpica na categoria de -66kg, em 2028, em Los Angeles.
Questionada quanto ao facto de, em agosto de 2024, Donald Trump lhe ter chamado de "transgénero", antes de, em fevereiro de 2025, na qualidade de presidente dos Estados Unidos da América, ter emitido uma ordem executiva a impedir mulheres trans de praticar desportos femininos, a argelina foi perentória.
"Vou dar uma resposta direta. O presidente dos EUA tomou uma decisão relacionada com as políticas transgénero, na América. Eu não sou transgénero. Isto não me diz respeito, e não me intimida. Esta é a minha resposta", atirou.
"Eu quero a segunda medalha de ouro, é claro. Na América, em Los Angeles (...). Como dizemos na Argélia, quem não tem nada a esconder, não tem nada a temer. A verdade tornou-se clara, nos Jogos Olímpicos de Paris", prosseguiu.
"Considero-me mulher, tal como qualquer outra. Nasci mulher, fui criada como rapariga e vivi toda a minha vida como uma. Competi em vários torneios, incluíndo os Jogos Olímpicos de Tóquio, assim como em quatro Campeonatos do Mundo. Tudo antes de começar a vencer", concluiu.
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