Ednaldo Rodrigues foi, esta segunda-feira, reeleito sem oposição como presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) até 2030, aproveitando a desistência do seu único adversário, o ex-avançado Ronaldo Nazário.
Empossado pela primeira vez em março de 2022, o primeiro líder negro da história da CBF, de 71 anos, alcançou unanimidade rumo a um segundo mandato de quatro anos, apoiado pelas 27 federações estaduais e pelos 40 clubes dos dois escalões principais.
"Celebramos não apenas a confirmação do nosso trabalho, mas o triunfo da democracia, do diálogo, da liberdade e da autonomia das organizações desportivas. Ao longo dos últimos anos, enfrentámos muitos desafios. Sofremos todo o tipo de preconceito e perseguições", reconheceu, em declarações citadas no sítio oficial da CBF na Internet.
Antigo vice-presidente do antecessor Rogério Caboclo, que foi destituído da presidência da CBF em 2021, devido a acusações de assédio moral e sexual, das quais viria a ser declarado inocente, Ednaldo Rodrigues descreveu-se como vítima de uma tentativa de "golpe" em 2023, aludindo ao seu afastamento temporário do cargo por ordem judicial.
Na altura, estavam em causa suspeitas de irregularidades na primeira eleição do atual líder da CBF, que seria readmitido em 2024 pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil e finalizava o primeiro mandato em 2026, tendo hoje sido eleito novamente sem oposição.
Em 12 de março, o ex-avançado Ronaldo Nazário, vencedor da Bola de Ouro em 1997 e 2002, campeão mundial de seleções em 1994 e 2022 e atual proprietário dos espanhóis do Valladolid, retirou a sua candidatura, face à falta de apoios das federações estaduais.
A reeleição de Ednaldo Rodrigues aconteceu na véspera da visita do Brasil, recordista de títulos planetários (cinco), à Argentina, atual detentora do cetro e bicampeã da Copa América, no clássico da 14.ª jornada da qualificação sul-americana para o Mundial2026.
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