A Irlanda do Norte é a grande ‘outsider’ do grupo. Em estreia nos grandes palcos do futebol mundial, a formação britânica vem a França para tentar uma gracinha e, com o seu estilo de jogo aguerrido, promete lutar por cada bola.
Foi a grande surpresa da fase de apuramento, ao carimbar o passaporte para França com o primeiro lugar de um grupo G que contava com Grécia, Roménia e Hungria. O grupo de O’Neill prova que o seu (velho) estilo de jogo ainda dá cartas e escreve o seu nome na história com o regresso a uma grande competição 30 anos depois. Pode dizer-se que fizeram ‘jus’ ao nome de George Best, que nunca foi a um Euro. Seria promessa?
A sua grande experiência poderá jogar a seu favor, pois sete dos 23 eleitos têm mais de 30 anos. Aaron Hughes (36 anos), o segundo mais internacional de sempre, poderá ser importante ao transparecer calma a uma equipa que tem poucas caras novas, casos de Washington, Will Grigg ou Paddy McNair.
Espera ver-se a melhor Irlanda do Norte diante de Polónia e Ucrânia, equipas com quem poderá lutar pelo apuramento para os ‘oitavos’. Mas, para já, Best pode ‘dormir’ mais algum tempo descansado…
Estrela da equipa: Lafferty é o jogador que mais se destaca. O avançado do Birmingham tem bons pés e muita raça. Ágil, desmarca-se bem e é dotado no jogo aéreo. Aos 28 anos, chega a uma grande competição com a sua seleção, uma feito histórico, e para isso muito contribuíram os seus sete golos. Divide protagonismo com Steven Davis, herói na qualificação, com dois golos à Grécia.
O grande ausente: Da lista de 28 inicial, o nome que mais chama atenção nos cinco excluídos é o do avançado Liam Boyce. Will Grigg ganhou-lhe o lugar e agora espera-se que cumpra, ainda mais depois de ter marcado na vitória (3-0) sobre a Bielorrússia. McKay, Smith, Daniel Lafferty e Ben Reeves foram os restantes excluídos.
Máximo goleador: Com 36 golos, David Healy é o melhor marcador da história da Irlanda do Norte. Retirou-se há três épocas, depois de 13 anos a representar o seu país. Kyle Lafferty é o atual melhor marcador da equipa e segundo melhor da história, somando 16 tentos em 49 jogos.
Sistema tático: Michael O’Neill irá tentar fazer a equipa jogar com calma e aproveitar uma segunda bola ganhar para criar perigo. E essa poderá ser a sua grande vantagem, com a dupla Ward-Lafferty a ganhar bolas que, numa rápida subida das segundas linhas, possa dar frutos. A disponibilidade física de Lafferty será determinante, tal como a visão de jogo de Steven Davies ou a atenção defensiva de Johnny Evans e Cathcart. Montado num 3x5x2, O’Neill procurará defender muito e atacar bem. As bolas paradas serão momentos importantes. Com as devidas distâncias, o seu estilo faz-nos lembrar a Grécia de 2004...
Datas de jogos: Polónia (12/6, 17h); Ucrânia (16/6, 17h); Alemanha (21/6, 17h).
Estatuto: Outsider.