Polónia e Portugal vão enfrentar-se esta noite, no Vélodrome, em Marselha. À parte dos P’s que compõem o nome de cada um dos países, há algumas diferenças, mas uma semelhança incomum. É que se a equipa orientada por Fernando Santos é a formação que não perde há mais tempo em fases finais do Euro, precisamente há oito jogos, há que referir que a Polónia não sabe o que é o sabor da derrota há seis encontros consecutivos.
Mas, à parte da tática e das individualidades, o ponto forte das duas seleções é o seu coletivo. E é com o coletivo que hoje se espera que uma das duas equipas carimbe o passaporte para as meias-finais. Depois das semifinais alcançadas em 2012, com a promessa de Fernando Santos de uma equipa a lutar pelo título final, nem que seja a empatar todos os jogos, há muita expectativa para este encontro.
Do lado português, há, porém, que referir ainda outra estatística curiosa. Como lembra o jornal O Jogo, no atual elenco luso, apenas Cristiano Ronaldo sabe o que é celebrar um tento à Polónia, golo esse apontado num encontro no ido ano de 2007, jogava-se então o apuramento para o Europeu da Suíça e da Áustria.
Com equilíbrio, ainda que com ligeira vantagem para os lusos, no histórico de confrontos entre as duas equipas, serão de esperar dois conjuntos com algumas cautelas, com Lewandowski a merecer ‘guarda de honra’ e com todos os olhares adversários a recaírem sobre o capitão português, Cristiano Ronaldo.
Em 10 duelos, a formação das quinas venceu por quatro vezes, somando três empates e igual número de derrotas, sendo que a última vez que se encontraram as duas seleções numa fase final do Euro, Portugal goleou por 4-0, com Pauleta a marcar um hat-trick e Rui Costa a marcar o outro tento.
Agora que as contas são outras, o essencial será que a formação lusa se apresente em bom plano, concentrada na defesa, arisca no meio-campo e com pontaria no ataque. Fernando Santos, é quase certo, terá de voltar a mexer. Raphael Guerreiro e André Gomes estão a contas com problemas físicos e devem cair do ‘onze’, dando lugar a Eliseu e, provavelmente a Renato Sanches ou Moutinho.
A defesa deverá manter-se. Patrício na baliza, Cédric à direita, Fonte e Pepe no eixo. O meio-campo deverá começar com William na posição mais atrasada, Adrien e João Mário, com Sanches ou Moutinho no apoio. Na frente, a dupla do costume nos últimos encontros: Nani e Cristiano Ronaldo, com Quaresma no banco à espera do momento certo para fazer os seus truques de magia.
Agora, enquanto o apito inicial não ecoa no estádio, no coração dos adeptos portugueses é tempo de fazer as contas das emoções e guardar para mais logo (20h) o grito que já a esta hora quer sair cá de dentro e dizer: Vamos, Portugal!