O FC Porto entregou, à Polícia Judiciária, toda a documentação a que teve acesso relacionada com o chamado caso dos emails.
Segundo a SIC, o pedido foi feito pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária.
Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, que denunciou o alegado “esquema de corrupção de árbitros para favorecer o Benfica”, também já foi ouvido pela Polícia Judiciária.
A informação foi confirmada pelo clube azul e branco, que, em comunicado, avançou que “através do seu diretor de informação e comunicação, satisfez o pedido da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária e entregou-lhe toda a documentação disponível em suportes originais do denominado dossiê emails de e para o Benfica”.
A polémica, recorde-se, teve início no passado dia 6 de junho, quando o dirigente denunciou, no Porto Canal, uma alegada troca de emails entre Adão Mendes, ex-árbitro, e Pedro Guerra, diretor de conteúdos da BTV, onde o primeiro referia que “o Benfica manda e os outros não mexem nada”.
“Jorge Ferreira, Manuel Mota, Nuno Almeida, Vasco Santos, Hugo Pacheco, Rui Silva e Bruno Esteves, à data de 22 de janeiro de 2013, e ainda Paulo Batista, estavam ao serviço do Benfica. É o que ele [Adão Mendes] está a dizer. Isto é um esquema de corrupção para favorecer o Benfica. Isto existe. Agora é esperar que as autoridades façam alguma coisa. Estou disponível para entregar isto a quem entender”, avisou, nesse mesmo dia, Francisco J. Marques.
A esta denúncia inicial seguiram-se três outras: uma que envolvia nova troca de emails envolvendo Adão Mendes, mas com o assessor jurídico do Benfica, Paulo Gonçalves, outra entre Luís Filipe Vieira e Nuno Cabral, delegado da Liga, e, mais recentemente, sobre uma alegada monitorização das SMS da Federação Portuguesa de Futebol por parte do clube da Luz.