Na altura de contratar um depósito a prazo, para 'fazer render' uma parte do dinheiro que não é necessária para pagar as contas do dia a dia, surgem as primeiras dúvidas sobre qual o melhor produto. Entre taxas, prazos e mínimos de subscrição pode ser difícil escolher a melhor opção. Nesta senda, a plataforma ComparaJá.pt lançou um comparador de depósitos a prazo.
Através de filtros os utilizadores vão poder personalizar os resultados de acordo com as suas preferências e, após identificarem a melhor oferta para o seu perfil, aderir de imediato num processo online, segundo explicou Sérgio Pereira, fundador do ComparaJá.pt ao Notícias ao Minuto.
O comparador "será sempre gratuito" e permite o acesso a informação detalhada sobre as condições de cada produto, ao mesmo tempo que simula o retorno dos diferentes depósitos a prazo de acordo com o montante de subscrição e de reforço mensal (caso aplicável) pretendidos.
"O que nos faltava era o outro lado dos produtos bancários: as poupanças. Depois de uma análise percebemos que há três áreas em que as pessoas sentem necessidade de ter um comparador, entre elas, a energia, os seguros automóveis e os depósitos a prazo", salientou Sérgio Pereira.
O objetivo, segundo nos explicou, passa por "oferecer um produto que sirva os clientes que ainda não perderam tempo a procurar sobre depósitos a prazo e acham que não compensam porque as taxas de juro estão baixas. Até porque há ofertas atrativas no mercado", contou-nos.
Portugueses vão desperdiçar mais de 150 milhões em juros
De acordo com a plataforma ComparaJá.pt, o montante que as famílias têm em depósitos à ordem tem crescido, ao passo que os depósitos a prazo têm descido. Ora, apesar disto, os valores continuam mais elevados do que antes da crise.
Assim sendo, e segundo a análise da empresa, caso os consumidores coloquem o dinheiro à ordem ao invés de a prazo, este ano, podem estar em causa cerca de 153 milhões de euros em juros.
"Ora, tendo em conta os 47.135 milhões de euros aplicados em depósitos à ordem em 2017 e que, considerando o universo das ofertas existente no mercado até a 1 ano, a taxa média líquida atual se situa em 0,324%, ao colocarem o seu dinheiro em depósitos à ordem e não em depósitos a prazo, os portugueses irão perder cerca de 153 milhões de euros em juros este ano", refere a ComparaJá.pt num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
Três depósitos rendem acima de 1,5%
O ComparaJá.pt analisou os 121 depósitos a prazo disponibilizados pelas instituições bancárias em Portugal e, entre outras conclusões, descobriu que há três depósitos a prazo cuja rentabilidade é igual ou superior a 1,5% - Banco Best, Banco Carregosa e Banco BIG - e ainda que há dois produtos a render 0%.
A rentabilidade varia consoante o prazo. "Os depósitos com prazo igual ou superior a quatro anos são os mais rentáveis (TANB média de 0,82). Seguem-se os produtos com prazos de 1 a 3 meses (TANB média de 0,7%) e de 12 a 18 meses (TANB média de 0,66%). Os depósitos com prazo de 1 mês (TANB média de 0,1%) são os menos rentáveis", refere a plataforma.