Oito anos e três resgates depois, a Grécia celebrou na segunda-feira o fim da era dos resgates, numa data histórica para o país e para a zona euro. Porém, neste período de tempo o país perdeu 25% do seu produto interno bruto (PIB).
Mas não é só. "Não vão haver celebrações em Bruxelas. Ninguém vai abrir garrafas de champanhe na Comissão Europeia porque não é uma missão cumprida ou uma vitória", escreve o jornal El Mundo. Isto, porque para além da queda do PIB, os cidadãos gregos perderam 40% do seu poder de compra.
A dívida grega quase duplica o valor do PIB (180%), para além de que o desemprego continua elevado ( 20,2%) e os níveis de pobreza e exclusão social, que atingem 35,6% da população, "são alarmantes".
A Grécia, o país europeu mais atingido pela crise económica e financeira, foi o primeiro e último a pedir assistência financeira -- e o único "reincidente" --, e a conclusão do seu terceiro programa assinala também o fim do ciclo de resgates a países do euro iniciado em 2010, e que abrangeu também Portugal (2011-2014), Irlanda, Espanha e Chipre.