O ministro das Finanças, Euclide Tsakalotos, "vai explicar" aos responsáveis que representam os credores do país (União Europeia e Fundo Monetário Internacional) que "não há nenhuma razão orçamental" que justifique a medida, afirmou em declarações a uma rádio o porta-voz do Governo, Dimitris Tzanakopoulos.
"A questão será depois transmitida aos níveis europeus mais elevados", acrescentou, falando pouco antes do encontro de Tsakalotos com representantes dos credores que iniciaram uma missão em Atenas.
Estes não manifestaram qualquer objeção de princípio, mas insistiram na necessidade de se manter o compromisso de atingir a partir de 2019 e até 2022 um excedente primário de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) segundo a agência grega ANA, que cita fonte governamental.
Por pressão do FMI e da Alemanha, a Grécia devia fazer em janeiro um novo corte nas pensões de reforma, o 14.º desde 2010, para vigorar em 2019, ano eleitoral.
O país, que saiu no passado dia 20 de agosto do último de três programas consecutivos de assistência financeira internacional desde 2010, tem ultrapassado claramente os objetivos orçamentais ditados pelos credores.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, já tinha pedido no sábado aos credores europeus para reconsiderarem a medida em causa.