Numa conferência de imprensa realizada em Pequim durante a Assembleia Nacional Popular (ANP), Yi Gang explicou que, na última ronda de negociações comerciais, as duas partes abordaram o tema das taxas de juro, a autonomia das autoridades monetárias e a necessidade de manter uma comunicação estreita sobre o mercado de divisas.
A este respeito, adiantou que ambas as partes conseguiram acordos sobre "muitas questões-chaves importantes", mas escusou-se a divulgar mais detalhes, noticia a agência Efe.
Também mostrou o compromisso da China de não utilizar o câmbio monetário como ferramenta para aumentar a produção ou resolver questões comerciais, depois do presidente dos EUA, Donald Trump, ter acusado no ano passado Pequim e Moscovo de jogar "o jogo da depreciação monetária".
Sobre as negociações para encontrar una saída para a guerra comercial, o vice-ministro do comércio chinês, Wang Shouwen, também assegurou no sábado que as negociações estão a decorrer e mostrou-se "otimista" perante um possível pacto para pôr fim à imposição mútua de tarifas.
Perante os riscos e desafios atuais que enfrenta o gigante asiático, o Banco Popular da China também assegurou que manterá uma política "prudente" para guiar o crescimento razoável de crédito e financiamento em 2019, que incluirá um maior apoio para as pequenas empresas e para as privadas.
A política monetária da China, desenhada principalmente para adaptar-se à situação económica interna, também irá considerar os fatores globais e os setores orientados para a exportação, acrescentou.