Segundo aquele instituto, o aumento nos preços dos medicamentos no mês de abril "refletiu o ajuste anual, em vigor desde 31 de março, que atingiu todas as classes desses produtos, com um teto de 4,33%".
Ccom os "aumentos nos itens higiene pessoal (2,76%) e plano de saúde (0,80%), o grupo Saúde e cuidados pessoais foi o que registou a maior inflação do mês (1,51%)", destacou o IBGE.
A inflação acumulada no Brasil nos quatro primeiros meses do ano está agora em 2,09%, enquanto nos últimos 12 meses a alta dos preços soma 4,94%.
O grupo dos Transportes apresentou a segunda maior variação de preços em abril (0,94%).
"O principal impacto veio da gasolina, que ficou, em média, 2,66% mais cara, sendo o principal impacto individual no índice do mês", indicou o instituto de pesquisas brasileiro.
Já a inflação dos alimentos e bebidas desacelerou 0,63% em abril, influenciada, principalmente, pela queda nos preços do feijão (-9,09%) e das frutas (-0,71).
Segundo Fernando Gonçalves, responsável de pesquisas no IBGE, os alimentos e os transportes já vinham tendo impacto importante na inflação nos últimos meses, cenário que se repetiu em abril.
"No resultado do mês, a novidade foi o grupo Saúde e cuidados pessoais, que não tinha aparecido nos últimos meses. De qualquer modo, isso reflete o aumento anual dos medicamentos, que ocorre no final de março", afirmou Fernando Gonçalves.
O IBGE também projetou que em maio a inflação do país deverá ser influenciada pelo aumento de 3,43% no preço do gás e pelo início da cobrança de uma taxa de consumo da energia elétrica.