O Conselho de Administração da Renault indicou hoje que esta quantia inclui gastos extra de viagens de avião, doações a organizações sem fins lucrativos e outras despesas não especificadas, todas de Carlos Ghosn.
As conclusões definitivas da auditoria empreendida na Renault Nissan BV (RNBV), a 'joint venture' (parceria) entre a Renault e a Nissan, com sede na Holanda, confirmam as "deficiências ao nível da transparência financeira e procedimentos de controlo de gastos" apontadas em abril nos resultados provisórios.
Naquela ocasião, e com base nas conclusões preliminares, o Conselho de Administração pediu à Direção-Geral da Renault que abordasse a Nissan para que os dois acionistas decidissem "as medidas corretivas necessárias a aplicar até ao final do ano".
O comunicado hoje divulgado acrescenta que, à margem das medidas decididas então, foi pedido aos representantes da Renault que voltem a falar com os homólogos da Nissan para decidir "a implementação de ações judiciais" na sequência dos resultados da auditoria.
O ex-presidente da Renault-Nissan-Mitsubishi Carlos Ghosn foi detido em novembro último em Tóquio, Japão, por supostas irregularidades fiscais.
A polémica fez com que Carlos Ghosn primeiro cessasse funções como presidente da Nissan e da Mitsubishi e, posteriormente, renunciasse como executivo máximo da Renault.