O comunicado do grupo PSA refere que a queda de vendas notou-se, sobretudo, nos mercados da China, Turquia e da América do Sul assim como no Irão, em reflexo do embargo dos Estados Unidos contra este país.
A Europa foi um dos poucos mercados que contrariaram a tendência negativa ocorrida entre janeiro e junho tendo-se registado no continente europeu um ligeiro aumento de 0,27% de vendas de automóveis em relação ao mesmo período do ano passado.
Na Europa, o grupo PSA vendeu 1.678.126 automóveis no primeiro semestre do ano.
Assim, as vendas aumentaram em países como a França e Reino Unido registando-se a exceção do mercado espanhol onde se comercializaram menos oito mil veículos do que nos primeiros seis meses de 2018.
Por marcas, a Citroen registou o maior crescimento na Europa, com uma subida de 2,6%, até 455.855 unidades.
Os números também subiram em marcas como a Opel/Vauxhall (0,57% com 554.085 unidas e DS (1,68% com 28.801 unidades) que compensaram a descida das vendas da Peugeot (1,65% com 639.385 unidades).
Na América do Sul as vendas sofreram uma queda de 29,34% notando-se, em particular, o caso da Argentina.
Situação diferente registou-se no Brasil onde se estabilizou a quota de mercado do grupo graças ao Citroen C4 Cactus e veículos utilitários.
Em África e no Médio Oriente registou-se um retrocesso de 68,35%, tendo sido matriculados apenas 71.565 automóveis.
A situação esteve relacionada com o encerramento do mercado iraniano na sequência das sanções impostas pelos Estados Unidos.
O grupo PSA tinha colocado à venda no Irão 144 mil carros em 2018, mas teve de suspender as vendas entre maio e agosto.
Na Turquia contabilizaram-se baixas de 44,8% e no mercado chinês o número de matrículas retrocedeu até aos 62,1%.
O grupo indicou que está a trabalhar no sudeste asiático, com os parceiros locais, para enfrentar as dificuldades sublinhando que vão ser promovidos três modelos elétricos em 2020.
O presidente do conselho de administração, Carlos Tavares, insistiu no documento divulgado pelo grupo PSA que apesar da descida em alguns mercados, a empresa conseguiu incrementar quota de mercado sobretudo na Europa.
Para o futuro, Tavares recordou que existem planos para apresentar a partir deste ano uma nova versão híbrida e o lançamento de 14 novos veículos elétricos nos próximos anos.