Os instrumentos foram assinados entre o Governo angolano e o IDA (agência do Banco Mundial para o Desenvolvimento Internacional, o IFC (agência do Banco Mundial para apoio às empresas do setor privado) e o MIGA (agência do Banco Mundial para os seguros e resseguros).
Os documentos foram rubricados pelo ministro das Finanças de Angola, Archer Mangueira, pelo diretor do Banco Mundial para Angola, Abdoulaye Sech, e pela representante interina do IFC para Angola, Kátia Gonçalves.
Ao intervir na cerimónia de assinatura, o ministro das Finanças de Angola disse que os três documentos vêm apoiar o momento de reformas económicas levado a cabo pelo país.
Segundo Archer Mangueira, um dos instrumentos vai dar suporte à parceria de assistência técnica do BM ao programa de privatizações, o outro a todo o esforço que tem estado a ser feito pelo executivo para a implementação de um novo modelo de parcerias público-privadas e o terceiro para reforçar a capacidade institucional do setor da energia.
"Todos os instrumentos são muito importantes para o atual momento que vivemos, não só de reformas, como também visando a diversificação da nossa economia e a potenciação do setor privado nacional", referiu.
Por sua vez, o diretor do Banco Mundial para Angola, Abdoulaye Sech, enalteceu as reformas económicas feitas pelo Governo angolano, que considerou "relevantes para o continente africano".
"É muito encorajador ver a agenda de reformas em Angola, ver o que o Governo está fazendo pelos angolanos e ver como isso pode ser replicado e também ajudar o resto do continente", frisou, considerando "muito importante" o acordo rubricado com a IFC.
Em declarações à imprensa, a representante interina do IFC para Angola disse que o acordo permite estabelecer a presença do órgão no país, com o qual já trabalha desde 1987.
"A diferença é que este acordo nos permite estabelecer um novo escritório em Angola, que nos permite estar mais perto do empresariado angolano, a dar uma resposta mais rápida e crescer a nossa presença e a nossa atividade, que é o que nós esperamos com os novos escritórios", destacou.
Kátia Gonçalves referiu que estão disponíveis atualmente uma carteira de cerca de 75 milhões de dólares (66 milhões de euros) para o setor financeiro e setor turístico, tendo os empréstimos correntes uma duração entre sete a dez anos.
Atualmente, o IFC apoia quatro empresas - dois bancos e duas empresas do setor real - informou Kátia Gonçalves, realçando que o IFC não estabelece um plafond mínimo.
"O IFC trabalha desde empresas médias, projetos que começam por volta dos 10 milhões de dólares [8,8 milhões de euros] e pode ir até um projeto onde o empréstimo seja de mais de 200 milhões de dólares [177 milhões de euros]", sublinhou.
Além do apoio financeiro, a agência do BM proporciona também vários outros instrumentos, nomeadamente guias de risco de crédito, assistência técnica, na área de gestão corporativa, ambiental e de riscos sociais, bem como "excecionalmente" presta assistência técnica ao governo na área de parcerias público-privadas.