INE divulga hoje crescimento do 2.º trimestre, estima-se abrandamento

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga hoje dados do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, após crescimentos homólogo de 1,8% e em cadeia de 0,5% no primeiro trimestre, prevendo os analistas um abrandamento para 1,7%.

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Lusa
14/08/2019 06:50 ‧ 14/08/2019 por Lusa

Economia

Analistas

Três analistas ouvidos pela Lusa estimam um crescimento homólogo médio da economia portuguesa de 1,7% no segundo trimestre, com estimativas de entre 1,6% e 1,8%, e dois preveem um aumento de 0,5% em cadeia.

Pedro Amorim, analista da corretora Infinox, é o mais otimista, estimando um crescimento de 1,8% no final do segundo trimestre deste ano face ao mesmo período de 2018, e de 0,5% relativamente ao primeiro trimestre.

Questionado pela Lusa sobre os motivos para essa previsão, o analista refere o crescimento da "formação bruta nacional (investimento) e o aumento do consumo provocado também pelo início da época alta do turismo".

Já Filipe Garcia, da IMF - Informação de Mercados Financeiros, estimou à Lusa que o crescimento do PIB em cadeia, no segundo trimestre, será de 0,5% face ao primeiro, e em termos homólogos de 1,7% face ao mesmo período de 2018.

"Na parte do investimento há bons sinais, na parte da construção há bons sinais, ou havia naquela altura [segundo trimestre], disse Filipe Garcia à Lusa, acrescentando que sinais recentes mais negativos devem transitar para o terceiro trimestre.

Por sua vez Nuno Mello, analista da corretora XTB, prevê um crescimento de 1,6% na economia portuguesa no final do primeiro semestre.

"Esta previsão assenta na continuidade da procura interna por via do investimento, mas numa travagem do consumo privado, que ainda assim é suficiente para compensar o défice na balança comercial, com as importações a crescerem a um ritmo mais acelerado que as exportações", afirmou o analista à Lusa.

O PIB português aumentou 1,8% no primeiro trimestre do ano em termos homólogos, acima dos 1,7% do trimestre anterior, e 0,5% em cadeia, impulsionado pela procura interna, divulgou o INE em 15 de maio.

O Governo espera que a economia cresça 1,9% no conjunto de 2019, acima dos 1,7% previstos pela Comissão Europeia, pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco de Portugal e também acima dos 1,6% antecipados pelo Conselho das Finanças Públicas.

 

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