Saída de camiões mantém-se em Aveiras de Cima apesar do feriado

Os camiões de transporte de matérias perigosas estão hoje a sair com normalidade da Companhia Logística de Combustíveis (CLC), em Aveiras de Cima, Lisboa, e segundo um sindicato dos motoristas os serviços mínimos estão a ser cumpridos.

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Lusa
15/08/2019 08:28 ‧ 15/08/2019 por Lusa

Economia

Greve de motoristas

Entre as 5h e as 8h "saíram cerca de 20 camiões para o aeroporto e para os postos da REPA (Rede Estratégica de Postos de Abastecimento)", disse à Lusa um dos motoristas que hoje de manhã coordena o piquete de greve junto à CLC.

De acordo com os motoristas concentrados junto à empresa "os serviços mínimos estão a ser cumpridos, apesar de ser feriado".

Os camiões cisterna que saíram em direção ao aeroporto de Lisboa seguiram escoltados pela GNR, sendo alguns deles também conduzidos por militares.

Os motoristas de transportes de matérias perigosas e de mercadorias cumprem hoje o quarto dia de uma greve por tempo indeterminado, que levou o Governo a decretar uma requisição civil na segunda-feira à tarde, alegando incumprimento dos serviços mínimos.

A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), com o objetivo de reivindicar junto da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.

Na terça-feira, o ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, disse que 14 trabalhadores não cumpriram a requisição civil decretada pelo Governo.

Na quarta-feira o porta-voz do sindicato dos motoristas de matérias perigosas, Pardal Henriques, disse que os trabalhadores não iriam cumprir serviços mínimos nem a requisição civil, em solidariedade para com os colegas que foram notificados por não terem trabalhado na terça-feira.

Pardal Henriques desafiou também a Antram para uma reunião às 15h de hoje, mas a associação que reúne as empresas de transportes recusou, alegando que não negoceia enquanto durar a greve, convocada por tempo indeterminado.

A Antram assinou na quarta-feira à noite um acordo relativo ao contrato coletivo de trabalho com a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), afeta à CGTP e que não participa na greve de motoristas.

 

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